Pesquisas recentes do Dr. Gerhard Rottman da Universidade de Salzburg, na Áustria, mostraram como a consciência fetal reflete diretamente
o estado emocional da mãe durante a gravidez.
(...)
Sabemos até agora que o nasciturno é um ser consciente e reativo a partir do sexto mês (e talvez até antes), que leva uma vida emocional ativa.
Além deste achado impressionante, fizemos outras descobertas:
- O feto consegue ver, ouvir, experienciar, sentir o paladar e, num nível primitivo, até aprender no útero (isto é, dentro do útero - antes do nascimento). O mais importante é que pode sentir - não com sofisticação de um adulto, mas, apesar disso, sente.
- Um corolário desta descoberta é que aquilo que uma criança sente e percebe começa a moldar suas atitudes e expectativas sobre si mesma. O fato de, em última análise, ela acabar se vendo e, portanto, agindo como alguém feliz ou triste, agressivo ou pacífico, seguro ou ansioso, depende em parte das mensagens a respeito de si mesma que ela recebe no útero.
- A principal fonte destas mensagens modeladoras é a mãe da criança. Isto não significa que cada preocupação, duvida ou ansiedade passageiras repercutam na criança. O importante são as formas persistentes e profundas de sentir. A ansiedade crônica ou uma ambivalência devastadora em relação à maternidade podem deixar uma cicatriz profunda na personalidade do nasciturno. Por outro lado, as emoções que intensificam a vitalidade - tais como alegria, a euforia e aprelibação - contribuem de maneira significativa para o
desenvolvimento emocional de uma criança sadia.
- Novas pesquisas estão começando a se concentrar muito mais nos sentimentos do pai. Até recentemente, as emoções dele eram desconsideradas. Nossos últimos estudos indicam que esta visão é perigosamente errônea. Eles mostram que os sentimentos do homem por sua mulher e pelo nasciturno constituem um dos mais importantes fatores isolados na determinação do sucesso de uma gravidez.
Tudo o que estes pesquisadores dizem, inclusive sobre as importantes descobertas de Rottman, é totalmente confirmado pelas minhas explorações mais restritas na área da terapia de lembranças intra-uterinas e do trauma de nascimento. Entretanto, há uma afirmação de Verney e Kelly que eu modificaria consideravelmente à luz de minhas próprias descobertas. Eles vêem a mãe como "a principal fonte destas mensagens modeladoras" no inconsciente do nasciturno. Tenho sérias objeções a isso. No lugar deles, eu diria que a consciência da mãe durante a gravidez é a ocasião para se reativar os moldes psíquicos ou samskaras estabelecidos na psique
da criança pelas vidas passadas.
Dizer isso implica uma grande mudança de ênfase e pode, assim espero, aliviar muitas mães de mais uma carga de culpa desnecessária relativa a partos prematuros, cesarianas, lesões cerebrais, etc. O que precisa ser dito com muita clareza é o seguinte: toda criança vem ao mundo vem ao mundo com seus próprios dramas kármicos inacabados. A gravidez e o parto são aprimeira oportunidade, como estamos começando a entender, de reviver alguns deles. A criança é atraída para certas mães e pais não tanto por opção - muitos de nós chegamos com uma clara relutância - mas porque as incertezas, esperanças, temores e desentendimentos de certos pais reestimularam antigos resíduos kármicos na psique inconsciente do nasciturno. Além disso, toda parafernália contemporânea voltada para o nascimento também fornece ao inconsciente variadíssimasoportunidades de reviver uma série de lutasde vida e morte inacabadas, decorrentes de vidas passadas problemáticas.
A pesquisa e a terapia de vidas passadas acrescentam o seguinte às valiosíssimas descobertas de Rottman e outros: a alma chega, ou protopersonalidade é atraída para uma mãe (e pai) que irão ajudá-la a espelhar suas questões kármicas inacabadas durante a gravidez e o parto.
Autoria: Roger J. Woogler
Livro: As Várias Vidas da Alma
Imagem:
www.linnealenkus.com/pregnancy1.html
2 comentários:
Ontem eu tava lendo no site de xamanismo a cura para a depressão e lá eles registraram testemhunhos de crianças depressivas ter uma ligação com o desejo da mãe abortar...
É possível que haja relação. Uma mãe que deseja abortar, pode estar experienciando sentimentos de tristeza, angústia, ansiedade a até estar deprimida. Assim como o aborto em si, revela a não aceitação do filho. Tudo isto pode se refletir no psiquismo fetal e ter repercussões na vida da pessoa.
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