sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ligação com o Centro Divino - Ausência de Medo



"O que você tem a temer?
Nada.

Quem você precisa temer?
Ninguém.

Por que?
Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios:
onipotência sem poder, embriaguez sem vinho e vidas sem morte".



São Francisco de Assis


Imagem:
www.leapschool.com/Learn.htm




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Manifestação de Consciências Extrafísicas - Parte II


Por: Adelia Ester Maame Zimeo



"O desenvolvimento da observação conduzirá à intrepidez.
Não se deve temer aquilo que nos rodeia.
E desse modo desvelaremos novas construções que ainda
ontem eram imperceptíveis e invisíveis.
Assim, pode-se acostumar ao que parece incomum.
Aquilo que ontem era proibido por ignorância,
se tornará amanhã algo que participa da vida e é sua inspiração".


(Helena Roerich, Coração)




É fascinante a comunicação que os animais estabelecem com todos os seres da Natureza. Incluindo, dentre estes, seres que são invisíveis para alguns.

"Não é á toa que as crianças se identificam com os animais, porque ambos vivem tudo de forma completa, intensa, sem idéias preconceituosas e sem rigidez... É a vida na sua expressão mais pura, sem tentar agradar, sem 'o que vão pensar de mim'?" (Sheila Waligora)

É desta maneira que Jullie Mel, uma linda e arteira basset
manifesta-se com seus amigos peludos e com seus amigos humanos.

Ela é parte da família de minha querida amiga, Acupunturista, Círcia.
Pouco tempo antes de sua filha chegar em casa, ela já começa a latir, pois "sente" que está a caminho. Logo a seguir, vai intensificando seus latidos e sua filha entra em casa.

Jullie Mel (Juju para os íntmos) é muito esperta, ativa,
e para cada situação emite um latido diferente.

Nossa amiguinha Juju, acaba sendo um personagem muito importante
em uma história inusitada.

Em uma dada noite Círcia muito intrigada me relata,
por fone, uma situação ocorrida um pouco antes de entrar em contato comigo.

Durante seu banho de ducha, Juju fica á porta
olhando fixamente em uma direção e começa a latir.

Círcia começa a tentar entendê-la.
Segue o olhar dela procurando por alguém. Mas, nada emcontra.
Sente-se apreensiva pela estranha situação.

Ao terminar seu banho me telefona.
Enquanto a ouço me conecto mentalmente com tal momento.

Começo, então, a "visualizar" a imagem de um homem próximo à porta do banheiro.
Ele é um senhor claro, cabelo castanho claro meio ruivo,
com postura levemente curvada (região do trapézio).

Pergunto-lhe quem havia atendido na Clínica naquele dia.
Círcia começa a pensar e diz que não encontrava relação alguma com aquele senhor
"visto" por mim.

Insisto em que ela pense se ele pode ser parente de alguém.
Nisto, ela se recorda que ao terminar o atendimento de uma senhora viúva, esta lhe fala sobre seu esposo que já havia "partido' há um certo tempo.

Ali, encontro o elo com a imagem que "vi". Era ele!
"Senti" que era fisicamente semelhante à sua filha. Esta também vai para as sessões de Acupuntura em nossa Clínica.

Este senhor havia acompanhado sua esposa ao seu tratamento, permanecera lá e foi juntamente com Círcia para sua casa.

Qual o objetivo em seguí-la?
Nada maléfico.
Apenas, ele aguardava também ser atendido por Círcia, como sua esposa o fora.
Posteriormente, quando da próxima sessão com tal senhora, as características físicas são confirmadas. Ainda complementa da semelhança com sua filha.

Numa dada manhã, ao sair de meu consultório, a moça está na sala de espera e ao vê-la,
confirmo tal semelhança física. Era realmente, seu pai.

Círcia fica mais tranquila ao compreender o motivo de Juju latir tanto. Ela é uma pessoa espiritualizada, por isto de fácil entendimento e aceitação quanto a estes aspectos.


Nesta situação, podemos observar dois pontos importantes:

- O cão tem a possibilidade de "sentir" a presença de um ser extrafísico.
Sua reação é a mesma, quando vê alguém e dá o sinal latindo.

- Alguns seres extrafísicos nos acompanham em certos locais, para poderem suprir suas necessidades, segundo seu estágio de evolução.




Imagem:
sp.quebarato.com.br/classificados/lindos-filhotes



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"Em Busca da Espiritualidade"



"Quando uma alma viaja pelo caminho rumo à perfeição neste plano físico, ela encontra colinas e vales de situações e circunstâncias que põem à prova sua força. As provas de autodomínio do mundo físico nem sempre são fáceis. Muitas vezes preferiríamos desistir a suportar a dor. Mas, se pudermos manter sempre em mente que o que nos aguarda ao final da jornada compensa todos os passos angustiantes e árduos que tivermos que dar, seguiremos adiante com alegria. Precisamos saber que nunca estamos sós; há sempre seres queridos e guias iluminados prontos a nos orientar com seu apoio e força.


Embora sejam incontáveis os desafios a que uma alma tem que se submeter na Terra, as lições do coração são provavelmente o maior deles. Elas tocam a essência do ser com a ternura do amor e a amargura da dor.

(...)

Muitas pessoas ... com o coração pesado, buscando uma oportunidade de contactar seus entes queridos mais uma vez, para apaziguar suas emoções. Muitas compreendem que precisam lidar com estes sentimentos mal resolvidos para avançar em seu crescimento físico, mental, emocional e espiritual. Isto também é verdade para aqueles que se encontram do outro lado do véu".




Autoria: James Van Praagh
Livro: Em Busca da Espiritualidade

Imagem:
www.berkshirehumanists.org.uk/?p=1586


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Manifestação de Consciências Extrafísicas - Parte I


Por: Adelia Ester Maame Zimeo


"Nossa consciência não é o corpo físico nem um subproduto do cérebro humano. Na verdade, podemos manifestar nossa consciência para além do cérebro e independente de todo corpo humano. Este fato pode ser verificado através das experiências fora do corpo". - (*) IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia)

A consciência extrafísica refere-se à consciência que já desativou o corpo físico.

Algumas consciências desta natureza, acompanham as pessoas (familiares, amigos, etc) em seus tratamentos (médico, psicológico, etc). Os motivos são diversos para tais presenças: resolver assuntos pendentes ou mal-elaborados, aprender para evoluir, enviar mensagens, proteção, doação de amor, tratar-se conjuntamente, etc. Assim como, agregados espirituais nocivos, que se utilizam da energia da pessoa para seus intentos. Nestes casos, a pessoa inconscientemente abriu em seu campo espiritual, brechas para este nível de imantação.

Durante os atendimentos clínicos que realizo, ao sentir a presença de uma consciência extrafísica, minha consciência se expande, ocorrendo a"visualização" do ser
que acompanha quem está em Terapia.

Descrevo-o emocionalmente e fisicamente, para que haja a identificação do mesmo. Havendo fotografia a confirmação é bem mais objetiva. Além disto, alguns vão me mostrando cenas de suas vidas, objetos, hábitos, etc. Isto vai sendo relatado para meu cliente.
Os gestos são, um outro recurso, utilizados para suas lembranças e mensagens.

A título de exemplificação, relatarei um destes momentos.

"Vejo" um senhor de estatura baixa, pele morena, cabelos bem brancos.
Um ser pacífico, sereno, protetor, acolhedor, afetuoso.

É identificado pela minha cliente, como sendo seu avô. A emoção é muito forte ao saber de sua presença ali. Confirma os detalhes físicos e seu modo de ser.

Ele me mostra uma cena em que tem em mãos, um livreto de histórias infantis. Está ao lado dela quando criança e mais outras em torno de si, ouvindo-o contar histórias. Isto também me é confirmado por ela. Seu avô me passa que continua acolhendo-a amorosamente. É o que ela mais necessita sentir: que não está só, sem amor ou proteção.

Ela me mostra sua foto, em que o reconheço. Apenas seus cabelos estão mais brancos em minha "visão". Ela me confirma, que uns anos após aquela foto, seus cabelos realmente ficaram bem mais esbranquiçados.

Evidencia-se o elo tão forte de amor entre ambos e sua afinidade máxima com seu avô.
Estabeleço a ponte entre sua profissão atual e esta ligação com ele.
É Professora de Educação Infantil.
Em uma de suas fotos, lá está ela no pátio da escola com muitas crianças pequenas.
Evidencio- lhe que hoje é ela que ensina e conta histórias para tais crianças, como seu avô fazia com ela e seus amiguinhos. Um legado muito belo que a acompanha. Talvez ele tenha me mostrado aquela cena para que tal associação pudesse ser feita.

Esta foi sua primeira sessão terapêutica. Nos demais momentos, poderemos coletar mais e mais dados importantes quanto a sua existência. Ele poderá vir em outros momentos trazendo mais informações, como outros seres também.

O importante é que para a pessoa em questão, muito passa a ser resolvido internamente, esclarecido, elaborado. Assim como, para a consciência extrafísica também.

Isto tudo é muito enriquecedor para todos envolvidos no processo terapêutico.



Imagem:
www.alkalima.com/?page=Archives&vol=8&issue=2...


(*)
http://www.iipc.org/ciencias/conscienciologia.php



domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Tavola Redonda





"A Távola Redonda, símbolo da harmonia e da fraternidade, era um antídoto contra a inveja, a ambição, a ânsia da supremacia e do poder – defeitos humanos que caracterizavam a mentalidade na Idade Média.

Segundo algumas lendas a Távola Redonda foi construída pelo pai de Guinevere. A távola foi presente à Arthur em forma de dote quando este se casou com Guinevere, e foi Merlin quem escolheu os cavaleiros para que se sentassem a ela, e então, predisse a busca do Santo Graal. Sua forma redonda teria um fim: evitar disputas pelos leais cavaleiros do rei.

Conforme outras lendas, a Távola Redonda do rei Arthur foi construida à imagem de duas mesas anteriores. A primeira, em que utilizaram Jesus Cristo e seus apóstolos para celebrar a Última Ceia, que foi copiada por José de Arimatéia,o primeiro guardião do Santo Graal por considerá-la um lugar adequado para que nela fosse repousado o Santo Cálice. Por último, Merlin construiu a terceira, na qual se reuniria a Irmandade dos Cavaleiros do Rei Arthur.

A Távola Redonda mantinha um assento sempre vago para representar o então traidor Judas Iscariote, chamado de “Assento Tenebroso”. No entanto existem outros relatos que dizem: que o assento vago na távola redonda do rei Arthur pertencia a Jesus Cristo e que, conforme as instruções de Merlin, só um cavaleiro capaz de recuperar o Santo Graal, teria o direito de ocupar este lugar vago.

A Távola Redonda também representa o símbolo cósmico do todo, com o Graal em seu centro místico e os doze leais cavaleiros representando os signos do zodíaco.

A primeira vez em que se reuniu a Irmandade da Távola Redonda foi no dia do matrimônio de Arthur e Guinevere, e assim começou o maior ideal da cavalaria.

É dito que, nos reinos celestiais se reunia um conselho de seres celestiais encarregados da execução e manutenção da harmonia Divina, sendo que, eles também se sentavam em uma mesa redonda, e quando Merlin “trouxe” Stonehenge da Irlanda, traçou este círculo conforme a imagem da Távola Celestial.

Dessa forma, Merlin construiu esse templo circular sobre a Távola da Terra, criando uma relação entre os poderes celestiais e a monarquia terrena do rei Arthur, isto é, a Távola Redonda seria um elevado reflexo humano de uma Realidade Divina.

Em diferentes histórias, varia o número de cavaleiros, indo de 12 a 150 ou mais. A Winchester Round Table, que data de 1270, na lista constam 25 nomes de cavaleiros.

Os cavaleiros que quisessem ter um assento nesta távola tinham que merecer esta honra, conquistando esse direito por meio de ações valorosas, nobres, corajosas e, acima de tudo, virtuosas.

(...)

O rei Arthur criou um costume de que seus Cavaleiros sempre contassem alguma aventura no início de algum banquete, e dessa forma, criou-se uma pauta de comportamento. Todos os Cavaleiros “andantes” marchavam em busca de aventuras.

O Reino de Camelot e seus Cavaleiros da Távola Redonda, inspirado no Reino Celestial da Harmonia Cósmica, seria o Modelo oferecido aos homens para que, inspirados nele, acedessem ao caminho de sua própria perfeição. Um ideal para todas as eras"…




Fonte:
http://blig.ig.com.br/cosmorama/2009/12/04/a-tavola-redonda/

Imagens: Internet

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Círculo de Mulheres





"O que é um Círculo de Mulheres e qual sua relação com o Sagrado Feminino?

'Você deve ter notado que tudo que um indígena faz é em Círculo. Isso acontece porque todo Poder do Mundo sempre trabalha em círculo e tudo tenta ser redondo... O céu é redondo e eu ouvi dizer que a Terra é redonda como uma bola e também as estrelas. O vento, no momento de seu maior poder, gira. Os pássaros fazem seus ninhos circulares, pois eles têm a mesma crença que nós... mesmo as estações formam um grande círculo de mudanças que sempre retornam ao seu início. A vida de um homem é um círculo que vai de infância a infância e assim é em tudo onde o poder atua.' Black Elk, Homem Santo dos Oglala Sioux

Os círculos fortalecem um vínculo afetivo capaz de despertar a beleza e a verdade, a criatividade e a espiritualidade. É uma forma arquetípica que parece familiar à psique da maioria das mulheres. Ele é pessoal e igualitário.

De acordo com Jean Shinoda Bolen '... quando um Círculo de mulheres está centrado, ele forma uma roda ou uma mandala invisível'.O Círculo reúne-se como que ao redor de um fogo sagrado no centro de uma lareira redonda. O centro é o que torna o Círculo especial ou sagrado. O centro invisível, como fonte de energia, compaixão e sabedoria.No círculo, como na vida, as mais valiosas lições surgem do fato de termos feito o melhor nas circunstâncias mais difíceis'.

'O círculo e seus membros se desenvolvem através de situações difíceis.'

Também é um dos símbolos associados à Deusa e ao feminino. Representa os muitos ciclos da vida e nós, mulheres, carregamos em nosso corpo todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte. Sendo assim, este arquétipo está diretamente ligado à mulher.



O Poder do Círculo de Mulheres

Fazer parte de um grupo de mulheres é um grande compromisso com a vida, é um ato de coragem e de amor.

Conhecer os segredos da vida, as vozes do inconsciente, o canto das fadas e o encanto dos seres do mundo paralelo é uma nova forma de viver, de envolver-se e de amar.

Se a lua habita no seu coração e você sente o convite do mistério como um canto de sereia, irresistível e belo, vem, solta seus pés como uma dançarina, abre um sorriso para a vida, use seus braços como asas de uma borboleta e voe para o sonho"...




Autoria: Soraya Mariani
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=07666

Imagens: Internet


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

No ano-novo chinês, ambientalistas alertam: tigres correm risco de extinção


Felino em perigo
Tigres selvagens correm risco de extinção



"No dia 14/02/2010, a China comemora a entrada do Ano Novo Lunar, com o início do Ano do Tigre. Para aproveitar a data, organizações ambientais como o WWF (World Wildlife Fund) estão levantando um alerta: o felino corre sério risco de extinção.

Atualmente, existem apenas 3.200 tigres selvagens no mundo, a maioria na Índia – onde, no início do século XX, haviam mais de 100.000 animais viviam em liberdade. Três sub-espécies já foram consideradas extintas e uma terceira, o tigre do Sul da China, não é vista em liberdade na natureza há mais de duas décadas.

Embora a perda de seu habitat natural ainda seja uma das causas da queda de seus números, o maior perigo para a espécie ainda é a caça e tráfico ilegais, alimentada pela demanda, especialmente na China, por ossos, órgãos de tigre, usados em vários medicamentos tradicionais na Ásia. Pele de tigre também está na moda entre os novos-ricos chineses.

Entidades conservacionistas criticam o governo chinês, acusando-o de fazer vista grossa com a caça ilegal e permitir criações dos animais com o propósito de fornecer órgãos e peles para os medicamentos. Em janeiro, os 13 países asiáticos que abrigam a espécie se reuniram em uma conferência e se comprometeram a dobrar o número de tigres selvagens vivendo em liberdade até 2022. Em setembro, acontecerá na Rússia uma cúpula reunindo grupos conservacionistas e organizações internacionais para definir metas de conservação para os felinos".




Fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/02/14/no+ano+novo+chines+ambientalistas+alertam+tigres+correm+risco+de+extincao+9397886.html


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Clara de Assis




Brother Sun and Sister Moon (original film version)
Irmão Sol e Irmã Lua
(Tradução)


Brother sun and sister moon,
Irmão sol e irmã lua
I seldom see you, i can't hear your tune;
Eu raramente os vejo, raramente ouço a sua música
Preoccupied with selfish misery.
Preocupado que estou com meus desalentos
Brother wind and sister air,
Irmão vento e irmã ar
Open my eyes to visions pure and fair,
Abram meus olhos para o que é puro e belo
That i might see the glories around me.
Para que eu veja a glória ao meu redor
I am god's creature, of him i am part,
Sou uma criatura de Deus, Dele sou parte
I feel his love awakening my heart.
Eu sinto o Seu amor despertando o meu coração
Brother sun and sister moon,
Irmão sol e irmã lua
Often i see you, i can hear your tune;
Agora os vejo e ouço a sua música
So much in love with all that i survey.
Apaixonado que estou com tudo o que vejo
I am god's creature, of him i am part,
Sou uma criatura de Deus, Dele sou parte
I feel his love awakening my heart.
Eu sinto o Seu amor despertando o meu coração



Pintura: Rosa Teubl

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Interação Inconsciente











"A maioria dos seres humanos ainda é incapaz de perceber como a distorção e o negativismo afetam e reforçam diretamente as distorções e o negativismo dos outros, formando um engate. Na interação entre duas psiques, ocorre o seguinte:

Suponham que alguém passe a seguinte mensagem não-verbal a quem esteja ligado numa interação negativa: 'Vou castigar você por não preencher minhas exigências, que são insaciáveis. Não vou amá-lo e nem dar-lhe nada. Vou castigá-lo, fazendo-o sentir-se culpado, e se voc~e quiser alguma coisa de mim, vou negar. Vou castigá-lo da forma mais exemplar, passando a ser vítima, para você não poder me culpar nem me pegar.'

Suponham que o outro esteja tenatndo interiormente adotar uma postura semelhante. A resistência dessa pessoa, por sua vez, pode ser expressa nesses termos: 'Não posso desistir da atitude defensiva. Os outros estão dispostos a me ferir, a fazer de mim uma vítima e a me explorar. Se eu abrir meu coração ao amor, não conseguirei nada a não ser rejeição, injustiça e ódio. Não vale a pena. É melhor continuar fechado.'

Imaginem como atitude de autovitimização da primeira pessoa reforçará a resistência irracional da segunda a abrir-se, a se tornar vulnerável, a amar. A parte amedrontada da alma, que se 'protege' pela negação e pelo retraimento, será consideravelmente reforçada sempre que deparar com as intenções negativas do outro.

O castigo muitas vezes assume a forma de graves acusações que difamam o caráter do outro. Ou é possível até usar os defeitos verdadeiros do outro para castigá-lo por não estar à altura das exigências feitas e por não aceitar entrar num acordo em que um deve dar tudo eo outro, pouco ou nada.

A interação inconsciente nessa área, portanto, fortalece e justifica a convicção de que a atitude negativa é uma defesa necessária. Desse ponto de vista tacanho, esta parece uma postura correta.

Assim, quando as intenções são negativas, você também é responsável pelo outro. Uma das verdades aparentemente paradoxais da realidade espiritual é que, embora você seja primordialmente responsável por si mesmo, também é responsável pelo outro, de maneira diferente.

Pelo mesmo critério, a intenção negativa do outro fere você, e ele também é responsável perante você. Entretanto, o outro não poderia ter êxito se você não fincasse pé tenazmente. Nesse sentido, você é responsável .

Todos têm a opção de usar as más intenções dos outros como desculpa para não amar, ou para procurar uma nova forma de reagir à vida.

Portanto, é igualmente correto dizer que você é exclusivamente responsável por si mesmo e que os outros são exclusivamente responsáveis por si mesmos e que, em última análise, todos são responsáveis pelos outros".




Autoria: Eva Pierrakos / Judith Saly
Livro: Criando União

Imagens: Internet


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Quando O Amor Foi Insuficiente"
















Você sente que recebeu amor suficiente quando era criança?

Cada um, a seu modo, tem uma história para contar...

Basta escutar os enredos que surgem quando sonhamos dramas baseados no abandono
e na carência afetiva.

Há sonhos - ou melhor, pesadelos - que nos paralisam na sensação de uma intensa dor sem saída: resta-nos apenas a esperança de que um herói, que tenha coragem no coração, venha nos salvar! Apesar dessa força extra encontrar-se em nosso interior, nós a projetamos para fora de nós. Este é um hábito mental que desenvolvemos quando ainda éramos crianças.É como escreve o mestre budista Tarthang Tulku em seu livro A mente oculta da liberdade: À maioria de nós foi ensinado que o amor se acha fora de nós mesmos – é algo a ser obtido. Por isso, quando o encontramos, nós o agarramos firmemente, como se não houvesse o suficiente para todos. No entanto, na medida em que o amor se torna apego egoísta, nós nos isolamos da verdadeira intimidade.

O amor mais gratificante que podemos vivenciar é o que já existe dentro de nós, no coração de nosso ser. Aí se encontra uma infinita fonte de calor, que podemos usar para transformar nossa solidão e infelicidade. Ao entrar em contato com essa energia nutriente, descobrimos os recursos interiores necessários para sermos verdadeiramente responsáveis pelo nosso próprio crescimento e bem-estar.Mensagens como essa são um estímulo de coragem e libertação para aqueles que já se sentem comprometidos com o caminho da transformação interior.

Mas temos que admitir que enquanto estivermos presos à dor da carência e da falta de amor, não será suficiente saber racionalmente que sofremos porque não sabemos amar verdadeiramente. Será preciso reviver a dor do abandono sob um novo prisma para superá-la.

Racionalizar a dor emocional faz parte do processo para curá-la, mas, em si, não é uma experiência capaz de gerar uma mudança autêntica e profunda. Portanto, devemos partir do pressuposto de que não há nada de extraordinário no fato de admitir que recebemos amor insuficiente quando éramos crianças. Pois será a partir da aceitação desta falta que iremos encontrar forças para resgatar nosso amor interior.

Eva Pierrakos e Judith Saly dedicaram todo um capítulo a esta questão
em seu livro Criando União (Ed. Cultrix).

Elas escrevem: Como as crianças muito raramente recebem suficiente amor maduro e bondade, elas continuam a ansiar por ele durante toda a vida, a menos que a falta e a mágoa sejam reconhecidas e devidamente manejadas. Caso contrário, os adultos seguirão pela vida chorando inconscientemente pelo que não tiveram na infância. Isso fará deles pessoas incapazes de amar com maturidade. Vocês podem ver como esta situação passa de geração em geração.

Podemos não parar para pensar sobre como anda nosso fluxo de contabilidade do amor em nosso interior. Mas é importante nos conscientizarmos do forte elo que existe entre as nossas ansiedades de infância e as dificuldades afetivas que enfrentamos enquanto adultos.

O ponto de partida para romper esta linhagem de amor imaturo encontra-se num exercício de mão dupla: se por um lado passamos a nos abrir para aceitar o fato de que nos faltaram experiências significativas de reconhecimento de afeto, por outro, ficamos cientes de que esses sentimentos de carência e abandono não nos levarão a lugar nenhum. Isto é, a intenção de admitir a dor está vinculada à decisão de superá-la, e não de recriá-la!

Remoer a dor infantil sem a correspondente vontade de sair dela é como andar para trás, isto é, estaremos repetindo assim apenas os padrões emocionais já conhecidos em vez de refinar nossa alma. A dinâmica do querer ser amado transforma-se no desejo de amar quando nos conscientizamos de uma vez por todas de que não adianta querermos que as coisas sejam diferentes ou que as pessoas aprendam a amar com maturidade para sermos mais bem servidos em matéria de amor.

Quando nos dispomos a amar verdadeiramente, damos inicio à jornada do amor maduro. Esta é uma bela frase; no entanto, só terá sentido quando nos propusermos a redirecionar nossas emoções de abandono e carência, isto é, quando não temermos mais sentí-las.É preciso voltar ao local do crime para desvendar o mistério.

As autoras Eva Pierrakos e Judith Saly revelam, no livro Criando união, um método de autoconhecimento para aplicarmos nos momentos em que reconhecermos, por trás de nossa raiva, frustração e ansiedade, a dor de não termos sido amados na infância: Quando sentirem a dor de não serem amados no problema atual, ela servirá para despertar a dor da infância. Pensando na dor presente, voltem ao passado e tentem reconsiderar a situação com seus pais: o que eles lhe deram, o que vocês sentiam de fato por eles. Vocês perceberão que, sob muitos aspectos, sentiam falta de algumas coisas que nunca viram antes com clareza - porque não queriam ver. Vocês descobrirão que essa carência deve ter sido dolorosa na infância, mas a mágoa pode ter sido esquecida no nível consciente. No entanto, ela absolutamente não está esquecida. A dor causada pelo problema atual é exatamente a mesma dor do passado. Agora, reavaliem a dor atual, comparando-a com a da infância. Finalmente, será possível perceber que ambas são uma só. [...] Depois de sincronizar as duas dores e perceber que elas são uma só, o passo seguinte é muito mais fácil.A cura, então, surge na medida em que reconhecemos que não somos mais tão indefesos diante da dor quanto pensávamos na infância.

Como completam as autoras: Já não precisarão ser amados como precisavam na infância. Primeiro, vocês adquirem consciência de que é isso o que ainda desejam, e depois já não buscam esse tipo de amor. Como vocês não são mais crianças, buscarão o amor de forma diferente, dando em vez de esperar receber.Quando filtramos a dor emocional por meio dos recursos já adquiridos na atualidade, vamos mesclando à dor passada a compreensão que nos faltava. Desta maneira, a necessidade de ser reconhecido pode ser substituída pela autovalidação. Do mesmo modo, a necessidade de expressar as emoções contidas poderá encontrar novos recursos de comunicação. Passamos a selecionar melhor as pessoas, e as situações nas quais poderemos finalmente nos tornar criativos e contribuir com nossa individualidade para o crescimento coletivo.

Em resumo, precisamos aprender a não temer nossas emoções fragilizadas pela falta de amor. Ao sentí-las, poderemos simplesmente nos posicionar positivamente e dizer: OK, naquela época eu não tinha recursos para lidar com esta falta, por isso passei a pensar que não havia nada a fazer senão esperar passivamente por amor. Agora, posso agir, pois tenho minha consciência a meu favor, assim como a vontade de amar cada vez mais e melhor.



Autoria: Bel Cesar
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=5432

Imagens:
Filme - The Kid (Duas Vidas)