domingo, 26 de junho de 2011

A Raíva



"A raiva é uma emoção humana natural. É uma campainha de alarme da nossa psique, que avisa que algo vai mal dentro de nós ou no ambiente. A raiva nos ajuda a agir, a mexer, a mudar. Sem ela, poderíamos ficar inertes em situações que não nos são saudáveis. Sem ela, careceríamos da vontade de nos defender e defender as pessoas que são maltratadas.

Se a raiva for assumida como um sentimento que vem claramente do eu, ela não precisa ser destrutiva. A raiva reprimida sempre se manifesta de outra forma indireta e, inevitavelmente, mais negativa. A raiva somente se torna uma expressão do eu inferior
quando é usada para ferir ou destruir.

O sentimento de raiva é sempre útil, porque é a simples verdade emocional do momento, podendo, assim, levar-nos a um ponto mais profundo do nosso íntimo. A expressão da raíva, contudo, precisa ser consciente: o modo, o momento e a pessoa envolvidaprecisam ser levados em conta. Num contexto de trabalho pessoal, em sessões de aconselhamento individual ou em grupo podemos sentir e expressar totalmente a raiva. Fora de um contexto desses, precisamos determinar se é conveniente e como é conveniente expressar a raiva, o que vai depender principalmente do grau de confiança e de disposição em explorar os sentimentos que existam na relação com a pessoa com a qual estamos zangados.

Se não existir intimidade e acharmos que o outro não é capaz de ouvir o que temos a dizer, talvez seja melhor não expressar absolutamente a raiva, ou fazê-lo apenas de modo controlado, ou como um protesto específico calculado para não culpar nem humilhar o outro. Em qualquer caso, precisamos investigar nossa raiva, de preferência de alguma perspectiva objetiva externa, para, no fim, ver se precisamos tomar alguma providencia sobre a situação que nos incomoda.

A concordância em expressar a raiva aberta aberta e diretamente é vital para qualquer relacionamento que tenha objetivo a verdadeira intimidade. Numa situação dessas, a simples frase: 'Estou com raiva de você' muitas vezes desanuvia o ambiente. Com isso se inicia um processo de assumir responsabilidade pela propria raiva, falar sobre o que lhe deu origem, e depois se esforçar para descobrir se sua origem foi realmente uma ofensa atual por parte do outro ou a reativação de uma mágoa anterior, ou uma combinação das duas coisas."



Autoria: Susan Thesenga
Livro: O Eu sem Defesas


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luciahsoares@hotmail.com



sábado, 25 de junho de 2011

O Segredo da Satisfação...



"A vontade de amar e ser amado leva á expansão pessoal e à expansão da vida. Mas é preciso também estar disposto a pagar o preço: honestidade total e capacidade de se enxergar, de discernir as restrições que impomos a nós mesmos. Aprendemos a ver quando odiamos em vez de amar ( a nós e aos outros), quando nos limitamos por medo ou orgulho, quando acreditamos que somos vítimas inocentes e os outros são responsáveis pela nossa infelicidade.

Os anseios são realistas quando você parte da premissa de que o segredo da satisfação precisa estar em você mesmo; quando você quer identificar as atitudes que o impedem de viver a vida de forma satisfatória e significativa; quando interpreta o anseio como uma mensagem vinda do âmago do seu ser, que mostra o caminho que ajuda a encontrar o eu real."




Autoria: Susan Thesenga
Livro: O Eu Sem Defesas

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www.erho2009.blogspot.com



domingo, 19 de junho de 2011

Porque o termo "ABUSO"


"A definição atual de abuso dada pelos profissionais de saúde mental abrange
tanto a violência física como a psicológica.

Abuso é definido como qualquer comportamento que visa a controlar e subjugar outro ser humano, pelo uso do medo, humilhação e agressões verbais ou físicas. Em outras palavras, você não precisa levar uma surra para ser vítima de um abuso.

Na agressão física, as armas são os punhos; na agressão psicológica, as armas são as palavras. A única diferença entre as duas é a escolha das armas.

Não uso o termo abuso de maneira vaga. Não o emprego para descrever um mau humor ocasional ou a manifestação de sentimentos furiosos, como ocorre em qualquer relacionamento. Uso-o para descrever a perseguição sitemática de um parceiro a outro. A violência verbal não recebe a atenção que merece, já que pode ser devastadora para a saúde mental de uma pessoa num período mais prolongado. Muitas vezes as mulheres me dizem: 'Pelo menos ele não me bate.' Minha resposta a essa declaração é a seguinte: 'O resultado é o mesmo. Você se sente igualmente assustada, tão desamparada e com a mesma angústia. Que diferença faz se as armas são os punhos ou as palavras?'"



Autoria: Dra. Susan Forward & Joan Torres
Livro: Homens que odeiam suas mulheres & As Mulheres que os amam


Imagem: Misoginia
definicionabc.com



sábado, 11 de junho de 2011

Relacionamentos...



"O relacionamento constitui o maior desafio para a pessoa, pois é apenas no relacionamento com os outros que os problemas não resolvidos ainda presentes na psique individual, são afetados e ativados. Muitas pessoas evitam a interação com seus semelhantes, para poder conservar a ilusão de que os problemas decorrem do outro. Já que é só na presença deste e não no isolamento, que surge a sensação de perturbação.

No entanto, quanto menos contato for cultivado, mais acentuado se torna o anseio por ele. Trata-se, aqui, de um tipo diferente de dor – a da solidão e da frustração. No entanto, o contato torna difícil manter a ilusão, pelo tempo que for, de que o eu interior não tem defeitos e é harmonioso. É preciso haver uma anomalia mental para alegar por muito tempo que os problemas de alguém no relacionamento são causados exclusivamente pelos outros. É por isso que os relacionamentos são simultaneamente uma satisfação, um desafio e uma medida de avaliação do estado interior. O atrito decorrente do relacionamento com os outros pode ser um instrumento de purificação e autoconhecimento para quem quiser usá-lo.

Ao recuar diante desse desafio e sacrificar a realização do contato íntimo, muitos problemas internos jamais serão ativados. A ilusão da paz e unidade internas proporcionada pela fuga ao relacionamento resultou até mesmo na crença de que o crescimento espiritual é intensificado pelo isolamento. Nada poderia estar mais distante da verdade. É preciso não confundir essa afirmação com a noção de que períodos de solidão são necessários para a concentração interior e auto-exame. Mas, esses períodos devem sempre ser alternados com períodos de contato – quanto mais íntimo for esse contato, maior grau de maturidade espiritual ele indica.

O contato e a falta de contato com os outros podem ser observados em vários estágios. Há muitos graus de contato entre os extremos absolutos do completo isolamento externo e interno, de um lado, e a mais íntima e profunda relação de outro. Existem aqueles que desenvolveram certa capacidade superficial de se relacionar, mas, mesmo assim fogem da revelação mútua mais significativa, aberta, sem disfarces. Eu poderia dizer que o ser humano médio da atualidade oscila em torno de algum ponto entre os dois extremos."



Autoria: Eva Pierrakos
Livro: Criando União

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ctypes.com


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Que Cântico é Este?



"Que Cântico é este, que nos inspira milênios afora, desertos adentro?


Que Cântico é este, que faz transbordar corações abertos e mentes altaneiras?

Que Cântico é este, de magia pura, que jamais se esgota, que jamais se cansa?

Que Cântico é este, de mistérios tantos, que é sempre o mesmo, que é sempre outro?

Que Cântico é este, fatal e terno, tão distante e próximo?

Que Cântico é este, trovejante e doce, que nos condena a nos tornar plenamente humanos?

... Por certo, é o Cântico do Amor."



Autoria: Roberto Crema
www.robertocrema.net

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ipod.z.gp



sábado, 4 de junho de 2011

Respeito Ao Filho


É comum fazer-se menção da necessidade moral de se respeitar os pais. Mas, tão importante quanto, é a importância de se respeitar os filhos.

Um filho não deve ser tratado como: escravo, "burro de carga" das patologias de seus genitores, muleta, a "esponja" da carga energética nociva, a desculpa para não se assumir os problemas como próprios, objeto de projeção de suas expectativas ou anseios reprimidos de suas vidas, dentre tantos outros equívocos que norteiam a concepção errônea ainda em nossa atualidade.

O filho é um ser humano de vida individual e com um trajeto a seguir no mundo.

Um companheiro de jornada com quem pode se aprender muito.

Respeitar o filho é procurar sentí-lo e proporcionar todas as possibilidades para que
desabroche seu ser, segundo sua real essência.

É dar raízes, mas conceder que use suas "asas"
para alçar vôo a fim de que se cumpra sua missão.



Autoria: Adelia Ester M. Zimeo

Imagem: Mother Son Hands Love
http://layoutsaprks.com



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Quanto À Insônia...



"...pode-se dizer que, de modo geral, é causada pelo medo das revelações que os sonhos podem trazer. Por não querermos entrar em contato com núcleos do nosso ser desconhecidos, por não querermos saber como realmente nos comportamos, por não querermos receber mensagens que possam tirar-nos da rotina, temos insônia. É uma defesa infantil da personalidade.

(...)

A solução para insônia é a decisão de aceitar a verdade, sem nenhum temor.

Uma insônia esporádica, todavia, pode não dever-se a essa espécie de medo. É possível resolvê-la de maneira simples: basta não insistirmos em dormir e
procurarmos fazer algo prático e útil."



Autoria: Trigueirinho
Livro: Nossa Vida nos Sonhos

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http://informeishion.com