quinta-feira, 25 de março de 2010

Oficialmente Velho





Neste mês de dezembro completo 70 anos: diz Leonardo Boff.
Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida.
Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira.Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas.

De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.Mas há um outro lado, mais instigante.A velhice é a última etapa do crescimento humano.

Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino.

Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer e, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer; quando então entramos no silêncio e morremos.

A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer.Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: "NA MEDIDA QUE DEFINHA O HOMEM EXTERIOR, NESTA MESMA MEDIDA REJUVENESCE O HOMEM INTERIOR"(2Cor 4,16).

A velhice é uma exigência do homem interior.Muitas vezes perguntamos:
Que é o homem interior?
O homem interior é o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Identidade esta que devemos encará-la face a face.Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe.

Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis:
Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, (inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano), submetido ao "silêncio obsequioso" e outros papéis mais.

Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Quando então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos:
Afinal, quem sou eu?
Que sonhos me movem?
Que anjos que habitam?
Que demônios me atormentam?
Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério?

Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior e a resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.Este é o verdadeiro desafio para a etapa da velhice.Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina.

Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida.Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria.É ilusão pensar que esta sabedoria vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.

Por fim, o que importa preparar o grande Encontro.
A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte.
Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia.
Aí saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.

Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: "contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade".

Por fim, este jovem ancião alimenta dois sonhos:
o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue;
e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa:"eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver".
Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus.Parafraseando Camões, completo: Mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.




Autoria: Leonardo Boff

Publicado no Recanto das Letras em 12/04/2009
Código do texto: T1535809

http://recantodasletras.uol.com.br/mensagens/1535809


Imagem: Internet


Provas Científicas Para A Comunicação Telepática Entre Seres Humanos e Animais



“Na unidade tudo tem um propósito.
Não há enganos, desvios nem erros.
Há apenas as coisas que os humanos não compreendem.”
(Regal Black Swan)



"A comunicação entre espécies pode ser comprovada cientificamente?
Sim, há diversos trabalhos nessa área, mas quero citar aqui o biólogo inglês Rupert Sheldrake que, de forma simples e brilhante, trouxe comprovação científica para esse trabalho.
Sheldrake é mais conhecido por ter criado a “Teoria dos Campos Mórficos”, que descreverei a seguir de forma resumida.

Caso você tenha interesse pelo assunto e queira aprofundar-se nele, há muito para explorar em seus livros, todos em linguagem simples e acessível ao leitor leigo.
Os campos mórficos são campos de energia que envolvem os seres com relação afetiva entre si. Dentro desses campos de energia pode circular todo tipo de informação, e essa circulação é independente de tempo e de espaço.

Como as relações de afeto podem formar-se entre todos os tipos de seres, por exemplo, entre seres humanos e animais ou entre seres humanos e plantas, isso resulta na possibilidade de comunicação entre espécies, que acontece dentro dos campos mórficos.

Até há pouco tempo isso era considerado ficção, e é surpreendente observar com que rapidez nosso mundo está mudando. Não apenas Sheldrake lida com esse tema, mas também cientistas de diversas áreas, como os físicos modernos que formularam a teoria da complexidade e a física quântica. Eles falam sobre a dinâmica não linear e nos trazem uma nova visão da realidade, que vem substituir, em diversas disciplinas, a visão de mundo mecanicista e cartesiana.

Não é meu objetivo entrar na área científica em profundidade, mas sim mostrar que a comunicação entre espécies é comprovada até do ponto de vista científico, já que este é um dos principais questionamentos que muitos acadêmicos e pessoas com raciocínio linear apresentam, invariavelmente.

Rupert Sheldrake, em seu último livro A sensação de estar sendo observado – E outros aspectos da mente expandida, escreve sobre o ceticismo: “A palavra ceticismo vem do grego sceptic, que significa indagação ou dúvida, e não negação ou dogmatismo”.
Ele diz que é mais científico explorar fenômenos que não compreendemos do que fingir que não existem. Também diz que é menos amedrontador reconhecer que a telepatia faz parte da nossa natureza biológica e é compartilhada com muitas outras espécies animais do que tratar o assunto como estranho ou sobrenatural.
Isso porque ele pensa que o ataque de muitas pessoas àqueles que fazem experiências com a telepatia é baseado, entre outras coisas, num medo arcaico da bruxaria.

Os fenômenos tidos como sobrenaturais, tais como a telepatia, na verdade violam tabus muito poderosos. Um desses é a crença de que a mente nada mais é do que uma atividade do cérebro. Essa crença é quase inquestionável para muitas pessoas e, com tal informação rígida dentro de nós, fica bem mais difícil abrir-nos para a comunicação telepática.

O que Sheldrake sugere não é que o cérebro seja irrelevante para o nosso entendimento da mente. As mentes habitam nossos corpos e os cérebros especificamente. O que ele sugere é que a mente não está confinada ao cérebro, mas que atua além deste. Essa extensão ocorre por meio dos campos mentais, os quais existem tanto dentro quanto fora do cérebro.

A ideia de campos em volta do corpo é familiar para nós. Por exemplo, o campo gravitacional da Terra estende-se muito além da superfície da Terra, permitindo que os satélites e a Lua façam sua órbita em torno da Terra.

Os campos magnéticos, assim como o campo elétrico e o gravitacional, são invisíveis, mas são capazes de ter efeitos a distância, como a comunicação a distância ou comunicação telepática.
Da mesma forma, Sheldrake afirma que nossos campos mentais não estão confinados dentro de nossas caixas cranianas, mas estendem-se além delas. Sugere que nossa atividade mental depende de campos invisíveis que também podem produzir efeitos a distância!

Talvez vocês já tenham ouvido falar do “princípio do centésimo macaco”, descrito por Lyall Watson no livro intitulado Lifetide: the biology of consciousness” (pode ser traduzido com “Onda da vida: a biologia da consciência”). Watson descobriu que, quando um grupo de macacos aprendeu certo comportamento numa ilha do Japão, ao mesmo tempo, em outras ilhas sem comunicação possível com essa primeira, outros grupos de macacos começaram a ter o mesmo tipo de comportamento!

Esse caso vai ao encontro do que expliquei em relação aos campos mórficos: qualquer sistema mórfico, neste caso o dos macacos, pode entrar em sintonia com sistemas similares, neste caso o dos macacos que estão na outra ilha. Por meio desse processo, cada macaco contribui para uma memória coletiva da espécie.


“O reconhecimento de que nossas mentes vão além dos cérebros nos liberta. Não estamos mais presos aos limites das nossas caixas cranianas, com mentes separadas e isoladas umas das outras. Não estamos mais alienados de nossos corpos, do nosso ambiente e das outras espécies. Estamos todos interconectados com tudo o que existe.”
(Rupert Sheldrake)


Por meio dos campos de percepção, nossas mentes alcançam os objetos que estamos olhando. Assim sendo, deveríamos ser capazes de influenciar as coisas simplesmente olhando para elas.
Será que é possível? O melhor ponto de partida para essa conversa é pensar sobre os efeitos de olhar para outras pessoas, como Sheldrake mostra em seu último livro. Ele demonstra que podemos saber quando alguém está nos olhando mesmo que estejamos de costas para a pessoa que nos olha!

A telepatia, assim como a sensação de estar sendo observado, só é algo paranormal se aceitarmos como normal a teoria de que a mente está confinada dentro do cérebro. Mas, se aceitamos que nossas mentes podem alcançar além do cérebro e podem conectar-se com outras mentes, então, fenômenos como a telepatia e a sensação de estar sendo observado são normais. Não é mais algo esquisito, à margem da psicologia humana, mas uma parte de nossa natureza biológica".





Comunicação Entre Espécies
Sheila Waligora

http://www.anda.jor.br/?p=437

Imagem:
http://pixdaus.com/?sort=tag&tag=dog


sexta-feira, 19 de março de 2010

Mandala



"Mandala é círculo mágico;

Mandala é ponte para dimensões superiores;

Mandala é caminho a percorrer;

Mandala nos revela nosso Eu;

Mandala nos leva ao nosso centro;

Mandala nos leva a nossa Essência;

Mandala nos leva a Fonte Divina;

Mandala é energia e movimento;

Mandala é totalidade, integração e harmonia;

Mandala é o começo, o percorrer, o fim e o começo;

Mandala é morte e renascimento".




Imagem: Internet


Maneira de Amar...

- Bronx River, and Trees -



"O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, alimenta-a, dá-lhe água...
e vai em frente, dançando.

Ele não se prende à árvore.

A árvore deixa cair suas flores sobre o rio em profunda gratidão, e o rio segue em frente.

O vento chega, dança ao redor da árvore e segue em frente.

E a árvore empresta o seu perfume ao vento...

Se a humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira de amar."




Autoria: Osho

Imagem:
joyvictory.wordpress.com/.../


terça-feira, 9 de março de 2010

Meu Lado Mulher






"Meu lado mulher
se incomoda em receber mensagens apenas um dia por ano (8 de março), enquanto que meu lado homem se enche com 364 dias. Talvez seja necessária esta efeméride, dor recente de uma antiga cicatriz. Porque se vive numa sociedade machista: matrimônio, o cuidado do lar; patrimônio, o domínio sobre os bens.


O marido possui o carro, a casa e a mulher, que inclusive, em alguns países, incorpora o sobrenome da família dele. Ele exige que limpe a casa todo dia. Manda o carro para a oficina ao menor defeito. À mulher, ser multifacetado, cabe o dever de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom humor do marido, que nem sempre se lembra de cuidar dela.


Meu lado mulher
nunca viu o marido gritar com o carro, ameaçá-lo ou agredi-lo. Enquanto nem ela é sempre tratada com tanto respeito. Na Igreja Católica os homens têm acesso aos sete sacramentos. Podem até ser ordenados sacerdotes e, mais adiante, obter dispensa do ministério e contrair matrimônio.


As mulheres,
consideradas pela teologia vaticana um ser naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos. Não podem receber a ordenação sacerdotal, mesmo tendo merecido de Jesus o útero que o engendrou; o seguimento de Joana, de Susana e da mãe dos filhos de Zebedeu; a defesa da mulher adúltera; o perdão da samaritana; a amizade de Madalena, primeira testemunha da sua ressurreição.


Meu lado mulher
tem pavor da violência doméstica; do pai que assedia a filha, enviando-a a perdição da prostituição; do patrão que exige favores sexuais de sua funcionária; do marido que levanta a mão para profanar o ser que deu a luz a seus filhos.


Diante do televisor ou de um molho de revistas
meu lado mulher se estremece: Cala a boca, Magda! Ela é burra, a imbecil que move as cadeiras no fundo do cenário, se mete na banheira do Gugu, se expõe na casa do brother, se associa à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a mais de consumo.


Meu lado mulher
trata de resistir diante do implacável jogo da desconstrução do feminino: tortura do corpo em academias de ginástica, anorexia para manter-se esbelta, vergonha das gorduras, das rugas e da velhice, entrega ao bisturi para que amolde a carne
ao gosto da clientela da carnificina virtual, o silicone para ressaltar protuberâncias.

E manter a boca fechada, até que haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência que se possa enxertar no cérebro. E engolir antidepressivos para tratar de encobrir o buraco no espírito, vazio de sentido, ideais e utopia.


Meu lado mulher
se esforça por se livrar do modelo emancipatório que adota, como paradigma, meu lado homem. Será que ela tenta não querer ser como ele? Navega em mares nunca dantes navegados, rumo ao continente feminino, onde as relações de gênero serão de alteridade, porque o diferente não se fará divergente.
Aquilo que é só terá plenitude em interação com seu contrário.
Como acontece em todo verdadeiro amor".



Autoria: Frei Beto

Texto enviado por: Aliene
Publicado por mim no blog: Tulipas a A Dança da Vida (08/03/2009)

Imagem:
www.ualberta.ca/.../Presentations/Nature.htm




segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional Da Mulher



"O 8 de Março (...) é uma data que deveria comemorar-se todos os dias…

Mulheres há muitas, de todas as cores e de todas as idades; há mulheres da cor da amizade, da cor do Amor, da cor da mãe, da esposa, da filha e tantas outras cores que a gente nem pode lembrar.

Também as idades variam… existem as antigas, como as bruxas, as atemporais como as fadas, as temporais, que nascem em tempos atuais, chegando com a brisa do verão, com o perfume da primavera, com o Sol cálido do outono ou com o frio das neves do inverno.

Todas e cada uma delas, são uma folha do Livro da Vida: nelas escrevem-se as mais belas historias que suas amorosas mãos semearam, e cultivaram ao longo das eras, numa ânsia incansável por propagar e enaltecer a Vida.

Estes belos e antigos seres, tão misteriosos como a Vida mesma, ainda esperam ser reconhecidos e respeitados pelo que são: entes pensantes, autônomos e totalmente capazes de valer-se por si mesmas.

Elas desconhecem a sua capacidade de continuar levando a humanidade ao seu destino, pois a maioria das vezes, o fazem desde as sombras da inconsciência da sociedade a qual pertencem.

Mas elas, ao igual que as folhas do Livro da Vida, não precisam de permissão para viver e Ser, não precisam ser aprovadas, pois existem desde antes do começo dos tempos, e continuarão estando quando eles terminem.

Elas são “fazedouras”, nutridoras, são as que mantêm o equilíbrio do mundo, pois da essência das mulheres, é que se compõe o eixo da Mãe Terra.

Se você quiser submergir-se na Alma da Grande Mãe, entre em comunhão com o Universo Feminino, e ali Dia Internacional da Mulherencontrará
o alimento que precisa para nutrir a sua vida, e crescer como ser espiritual que entende e aceita a diversidade de cores e idades que povoam este mundo, sem preconceitos.

Procure-as, encontre-as, há muitas, escolha a cor e a idade de sua preferência, e homenageie-a, pois por simples que seja a sua homenagem, se a sua intenção é oferecer-lhe o seu reconhecimento, você terá colaborado com uma pequena parte de seu Sopro de Vida, para dissipar as névoas da inconsciência, à qual estão relegadas muitas das mulheres no mundo.

Pode parecer-lhe pouco, mas se muitos de nós o fizermos, propagaremos a consciência da igualdade entre os seres e o sagrado direito, de ser todos iguais perante a Lei da Vida.

Dessa forma, finalmente o 8 de Março será uma bela celebração, um dia no qual poderemos dizer que de aí em diante, todos os dias serão “o Dia Internacional da Mulher”, sem a necessidade de um momento específico do ano, para lembrar-nos de que precisamos abolir o sofrimento que padecem muitos destes seres, em diversos lugares do planeta".



Autoria: Debora Rocco
http://deusario.com/2008/03/dia-internacional-da-mulher.html

Imagem:
friendshipgreetings.blogspot.com/2007_03_01_a...

sábado, 6 de março de 2010

Uma Grande Sinfonia...

- Arianhord -


"Schopenhauer (...) assinala quando a pessoa chega a uma idade avançada e evoca sua vida, esta parece ter seguido uma ordem e um plano, como se fosse criada por um romancista. Acontecimentos que na época pareciam acidentais e irrelevantes manifestavam-se como fatores indispensáveis à construção de uma trama coerente.

Quem compôs essa trama? Schopenhauer sugere que, assim como nossos sonhos abrangem aspectos de nós mesmos desconhecidos por nossa consciência, toda nossa vida é composta pela vontade que há dentro de nós. E assim como pesoas conhecidas por acaso transformam-se em agentes decisivos na estruturação de nossa vida, nós também servimos inadvertidamente como agentes, dando sentido a vidas alheias.

A totalidade desses elementos une-se como em uma grande sinfonia, e tudo se estrutura inconscientemente (...) o sonho grandioso de um único sonhador, onde todos os personagens do sonho também sonham...

Todos os elementos mantêm uma relação mútua, e assim não podemos culpar ninguém por nada. É como se houvesse uma intenção única atrás de tudo isso, uma intenção que sempre adquire certo sentido, embora nenhum de nós saiba qual é ou se viveu a vida que se propunha a viver".




Autoria: Joseph Campbell; Los Mitos
Citação feita por: Eduardo Zancolli; O Mistério das Coincidências

Imagem:
www.rosanevolpatto.trd.br/Arianrhod



quinta-feira, 4 de março de 2010

"Vida de Chico Xavier chega aos cinemas brasileiros em abril"

Por: Último segundo - Cultura 12/02/2010

"Em abril, a vida de Chico Xavier estará nos cinemas. É quando estreia 'Chico Xavier, o Filme', uma das principais apostas da Globofilmes para 2010. Atrás das câmeras, está Daniel Filho... E essa não será a única produção de peso ligada ao tema do ano: no segundo semestre, serão lançados os longas 'As Mães de Chico Xavier' e 'Nosso Lar', adaptação de um dos livros de maior sucesso de médium.


Essa verdadeira avalanche de filmes tem uma boa explicação: o sucesso do filme "Bezerra de Menezes". Feito com poucos recursos e apostando basicamente na divulgação boca a boca, o longa foi uma das maiores surpresas do cinema brasileiro recente. Lançado em 2008, teve um público de mais de 500 mil pessoas nos cinemas e já vendeu 44 mil cópias em DVD.

'Chico Xavier, o Filme' acompanha a vida do médium desde a infância em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, até a idade adulta (quando é vivido por Ângelo Antônio) e velhice (interpretado por Nelson Xavier). Um episódio em especial é destacado na trama: o julgamento de um assassinato em que Chico depôs após supostamente ter entrado em contato com o espírito da vítima.

Tony Ramos e Christiane Torloni são os pais do rapaz morto. O elenco ainda tem nomes como Giovanna Antonelli, Letícia Sabatella e Paulo Goulart. Por enquanto, a Globo Filmes ainda não divulga o número de cópias com que o filme vai estrear, nem qual é sua expectativa de público. Mas, pela força do tema e pelo peso dos profissionais envolvidos, o longa já é um dos lançamentos mais aguardados do ano.

Divulgação
Nelson Xavier (esquerda), como Chico Xavier

O roteiro, de Marcos Bernstein, foi baseado no livro 'As Vidas de Chico Xavier', do jornalista Marcel Souto Maior. Publicado em 1994, é a mais completa biografia do médium mineiro. "Fiquei muito feliz com o caminho escolhido por ele e Daniel Filho para reconstituir a trajetória do Chico. O filme - assim como o livro - não quer doutrinar ninguém. Quem espera uma ode a Chico Xavier vai se surpreender", diz o autor.

Mesmo oito anos após morrer (em 2002, no dia em que o Brasil conquistou sua quinta Copa do Mundo), o médium ainda é uma figura polêmica. 'Para muitos brasileiros - a maioria, acho - é um santo. Para outros, uma fraude, ao atribuir a espíritos textos escritos por ele mesmo', avalia Souto Maior. O espiritismo, religião da qual foi o principal líder, é seguido por 1,3% da população brasileira, segundo o IBGE.

Chico tornou-se conhecido em 1932, com a publicação do livro 'Parnaso de Além Túmulo', que trazia poemas que lhe teriam sido psicografados por poetas como Castro Alves e Olavo Bilac. Desde então, teve mais de 400 livros publicados. 'Nosso Lar' é o mais importante: com mais de dois milhões de exemplares vendidos desde 1944, é referência na descrição do chamado 'plano espiritual'.

Souto Maior acompanhou as filmagens de 'Chico Xavier' e estaca a caracterização de Nelson Xavier. 'Eu o chamei de Chico várias vezes sem querer. Ele riu e me disse que não fui o único', lembra. Ele também ficou impressionado com Christiane Torloni. Ela interpreta uma mãe que perdeu o filho, situação que realmente viveu há 18 anos. "Ela teve a generosidade de mostrar sua própria dor no filme", conta.

Também não faltaram situações difíceis de explicar. 'A equipe precisava de um cachorro para o filme e não conseguia encontrar um adequado. Mas havia um vira-lata que sempre seguia a equipe e, um dia, decidiram testá-lo e ele foi muito bem. Aí foram atrás do dono e adivinhe qual era o nome do cachorro? Chico', diz Souto Maior.

O diretor Daniel Filho tem outra história curiosa. Durante as filmagens numa fazenda em Paulínia, na região de Campinas, uma forte chuva caía sobre toda a região. Menos na área onde o filme era rodado. 'Assim que disse ‘corta’ e nos arrumamos pra sair, começou a chover ali também. Muitos acham que isso foi de Chico', conta o cineasta".

Veja abaixo vídeo:

quarta-feira, 3 de março de 2010

Além...



"I hear beyond the range of sound.
I see beyond the range of sight.
New earths and skies and seas around,
and in my noon the sun doth pale his light".



"Ouço além do alcance da audição.
Vejo além do alcance da visão.
Novas terras e céus e mares por toda parte,
E em meu meio-dia o sol torna pálida sua luz".


- Henry David Thoureau, Inspiration -

Citação feita em: "Em Busca da Espiritualidade" (James Van Praagh)



Imagem:
www.fashion-res.com/.../