domingo, 27 de maio de 2012

A fila anda --- Os tempos do abuso sentimental acabaram



"...a expressão se banalizou. Toda mundo fala e todo mundo escreve. Só nos últimos dias, deparei com “a fila anda” na capa de uma revista e numa propaganda de perfume. A metáfora pegou e parece que vai ficar no nosso vocabulário e no nosso comportamento: as filas andam mesmo, de forma cada vez mais rápida. Ninguém quer ficar parado. 
Antes de continuar, uma confissão: eu tenho dificuldade com esse tipo de andamento. Para mim a fila anda bem devagarzinho, quando anda. Às vezes fica parada por muitos anos, e é bom assim. Dá tempo de conversar, relaxar, ser feliz. Ficar sozinho, sem fila nenhuma, é meio aflitivo, mas acontece – e de vez em quando é necessário. Se você corre de uma fila para outra, ou fica preocupado em manter cheia a sua fila, acaba entediado ou perdido ou meio desesperado. Para mim não serve.

Apesar disso, reconheço virtudes na ideia de que a fila anda.
A primeira é lembrar a mim, a você e a todo mundo que os tempos do abuso sentimental acabaram. Se você não tratar as pessoas direito, elas irão embora. É simples assim. Todos têm opções e contam com o amparo das leis e dos costumes para procurar o melhor para si mesmo. A oferta afetiva é enorme. Em toda parte há gente disponível e atraente, de todos os tipos e de todas as idades. Saber que a fila anda ajuda a prestar atenção na pessoa ao nosso lado. Quem gosta cuida, diz o clichê. Mais do que nunca ele está certo. 

Outra coisa positiva na expressão “a fila anda” é que ela nos põe de frente com um aspecto inevitável da realidade: a transitoriedade de boa parte das relações. A depender da nossa idade ou do meio em que a gente vive, a fila vai andar mesmo, o tempo todo, goste-se ou não. Faz parte. Quando a gente é adolescente, acha que o primeiro amor vai durar a vida toda. Não dura. O mesmo acontece na juventude. A gente se apaixona, se desapaixona, dispensa, é dispensado, sofre, faz sofrer. A fila anda da mesma forma que a vida anda – até que algo importante a faça parar. O que há de errado nisso? Nada. 

Mas há na nossa cultura sentimental um componente masoquista que não combina com a simplicidade da fila que anda. Temos a expectativa equivocada de que todas as emoções serão eternas. Quando as coisas acabam, nos despedaçamos. Em vez de olhar para frente e tentar recomeçar, nos achamos no direito de empacar, insistir, implorar, perseguir.

Temos a vocação do melodrama. A dor inevitável das rupturas é ampliada pela sensação de injustiça. Nos achamos vítimas do outro, e há um prazer medonho em sentir-se assim.
Tem gente que acha isso natural, eu acho que é aprendido. Acho que de alguma forma dizemos para as nossas crianças que amor é para sempre e que o fim de uma paixão equivale ao fim do mundo. As músicas dizem isso, as novelas sugerem isso. Há uma indústria cultural gigantesca que se alimenta da dor de cotovelo e da sensação de abandono. A troca de parceiros e a experimentação da juventude, que poderiam ser celebradas como bons momentos da vida, viram uma preparação angustiada para o compromisso, a busca apressada do verdadeiro amor, um breve período de promiscuidade que antecede a escolha definitiva.

Por trás da nossa atitude descolada, há expectativas que não são modernas nem liberais. Por isso nos apegamos a quem nos tiraniza (“ele me ama”) e desabamos quando a fila anda. Por isso queremos morrer. É claro que eu estou exagerando, mas não muito.
Nossa breguice sentimental, que é o oposto da “fila anda”, leva a situações esdrúxulas. Outro dia presenciei um amigo de 26 anos consolando um cara da idade dele que falava em se matar por ter sido deixado pela namorada... Onde ele aprendeu esse tipo de comportamento?

As pessoas não falam em se matar quando são reprovadas no vestibular ou demitidas de um emprego bacana, como acontece no Japão. Mas acham natural pensar essas bobagens depois de um pé na bunda. É isso que eu chamo de breguice - e não tem o menor cabimento.

Quando se considera isso tudo, não acho tão ruim dizer que “a fila anda”. A expressão pode denotar frieza e desrespeito pelos outros. Pode ser sinônimo de uma atitude egoísta e utilitária. Mas pode, também, sinalizar uma percepção saudável e corajosa das relações humanas. A fila anda, a gente avança, lá na frente descobre coisas melhores. Sempre de cabeça erguida. Melhor do que ficar choramingando, né?"


Autoria: Ivan Martins
Fonte:http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2012/05/fila-anda.html

Texto enviado por:  Rosani Gomes

Imagem:
parkviewalliance.com 



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Respeite Seu Filho --- A Auto-Estima




"Para uma criança, apenas ser amado não basta. Este é um ponto de partida para que ela tenha uma visão positiva de si mesma. Que ela se sinta como uma pessoa importante, boa, competente e querida. Alguém com quem os adultos se importam, alguém que faz diferença no mundo. Uma pessoa que tem méritos e qualidades que são reconhecidas pelos demais.

 Este é o sentimento a que denominamos “auto-estima”.  Ter uma boa e forte auto-estima é uma das grandes chaves para uma criança crescer como um bom ser humano. Seja ele jovem, adulto ou velho.
 O amor é a principal ferramenta que usamos para construir a auto-estima. Esta por sua vez constitui o alicerce de uma personalidade boa e estruturada.

 E como fazer para dar uma boa auto-estima a uma criança?

Primeiro, tomando muito cuidado com as críticas, que por vezes acabam humilhando a criança. Como elas estão aprendendo e se desenvolvendo, é natural que tenham dificuldades para realizar muitas tarefas. A crítica, quando cabível, deve ser feita com tato e sensibilidade.

O outro aspecto é ressaltar o lado positivo, fazendo elogios sinceros e verdadeiros. Sempre dizendo à criança o quanto ela é bonita, e capaz de fazer muitas coisas.

Um exemplo: se ao se alimentar, por acidente, uma criança derruba um copo cheio, por mais irritação que isso possa causar, controle-se, e nunca diga “você é mesmo um desastrado!”. Melhor dizer, com calma, “tudo bem, você já sabe muitas coisas, e está aprendendo a se servir,
não se preocupe, vamos limpar isto.”

Os rótulos negativos “grudam” nas crianças com muita força, e eles próprios tem dificuldades mais tarde para se desfazerem deles. Portanto, nada de “você é mesmo um preguiçoso” ou “um mentiroso”, etc. Mostre por que é necessário que se realize as tarefas ou que se diga a verdade, sem recorrer à crítica que rotula e humilha.

Quando der uma tarefa para uma criança, esteja certo de que ela é capaz de realizá-la. Ela se sentirá muito orgulhosa ao cumpri-la direito. Mas se for algo que ultrapassa sua capacidade, esteja pronto para ajudar e estimular, para que ela consiga superar a barreira. Mas não a faça no lugar dele.

Além de serem amadas, as pessoas querem ser reconhecidas como capazes, úteis e importantes.






quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os Quatro Erros Mais Comuns No Relacionamento


"Muitas pessoas não entendem porque ocorrem alguns problemas em seus relacionamentos e se sentem frustradas, achando que a culpa do término ou das brigas sem fim é dela. Outras pessoas, se sentem menos amadas ou que as expectativas não estão sendo correspondidas. Aquí você encontra os quatro erros mais comuns e o que fazer em cada situação.
Erro 1:  Permanecer muito tempo em um relacionamento (mesmo sabendo que não te faz feliz) …

Ao permanecer em um relacionamento que não está bom, você gasta toda sua energia em algo que não está totalmente relacionado com você. Infelizmente, ao permanecer em um relacionamento errado e que você não quer, todas as suas ações te levam a outro caminho.
Nesse momento, é muito importante a reflexão sobre o que você gosta e não gosta no seu relacionamento. Entenda os principais pontos que te afastam de um relacionamento feliz e entenda como falar esses pontos para seu(sua) parceiro(a). Depois faça uma reflexão e descubra porque não consegue terminar esse relacionamento: tem medo da solidão? Acha melhor com ele(a) do que sem ele(a)? A família o(a) adora e faz pressão para você permanecer com ele(a)? Acha que a idade está chegando e é melhor não arriscar?... Enfim, motivos são os que não faltam, mas NENHUM justifica continuar com alguém que não te completa e não te faz feliz.
Tome uma atitude para você. De um basta nesse relacionamento, já que não é o ideal, e escolha o que é melhor para você.
Erro 2: Tornar-se exclusivo(a) muito rápido…
Muitas pessoas cometem o erro de confundir o desejo de ser exclusivo com amor, quando na verdade acontece devido à insegurança. Em muitos relacionamentos esse pode ser o erro que gera o fim. Um casal é formado por duas pessoas, com interesses, culturas e criação distintas. Por esse motivo, a exclusividade por parte de um dos parceiros pode sufocar o outro.
Leva um bom tempo para conhecer alguém profundamente. Esse tempo é importante e necessário para saber como lidar com o(a) parceiro(a). Se ele(a) precisa de tempo sozinho(a), se às vezes quer sair sozinho(a) com os(as) amigos(as) não significa que não te ama. Mas significa sim, que para manter seu relacionamento saudável você vai aprender a lidar com isso. Caso contrário, pode ocasionar muitas brigas entre vocês.
Por fim, ao se tornar exclusivo(a) você vai se afastar dos(as) amigos(as) por preferir a todo momento estar com seu(sua) parceiro(a). Além do mais, você restringe as possibilidades de conhecer outras pessoas, e se a relação não funcionar, você se encontrará sozinha(o).
E não pense que esses problemas só acontecem quando um dos dois gosta de exclusividade. Na verdade, quando um relacionamento é baseado por duas pessoas que querem viver apenas para o outro, o resultado é a anulação e a perda de rodas de amigos. Uma das características mais importantes em um relacionamento é a interação com outras pessoas, a manutenção das amizades e a sua privacidade e autenticidade.

Erro 3: Ignorar os alertas do relacionamento

Todo relacionamento apresenta alertas, ainda mais no início. Mas o que são esses alertas? São como bandeiras vermelhas, que merecem sua atenção cuidadosa. São comportamentos e atitudes que você percebe em seu(sua) parceiro(a) e que não estão alinhados com seus princípios e o que você espera para sua vida. Podem ser desde pequenas atitudes como no caso dele(a) fumar e você viver fazendo campanha contra cigarro e não suportar o cheiro, até atitudes relacionadas a caráter, como subornar um guarda na estrada e você é super correta(o).
Sem uma análise mais profunda, essas pequenas atitudes podem passar despercebidas, se essa pessoa preencher todos os seus requisitos. Porém, se ele(a) possui hábitos não compatíveis, esse sentimento de contrariedade vai aparecer no futuro quando você possuir mais tempo e energia investida nesse relacionamento. Quanto mais tempo você investir no relacionamento, mais difícil será de mudar isso no futuro.
Portanto, antes de entrar de cabeça em um relacionamento, defina seus requisitos de caráter, atitudes e comportamentos que uma pessoa obrigatoriamente deve possuir para estar com você. Afinal, quanto mais você se conhecer, mais você saberá claramente que tipo de parceiro escolher para um potencial relacionamento. Identifique os alertas, que realmente não te agradam e confie em você. Não agarre um relacionamento apenas porque apareceu em sua vida, mas sim porque realmente vai te fazer feliz.
Erro 4: Definir expectativas irreais para você ou seu relacionamento …
A falta de conhecimento sobre as expectativas é uma das principais fontes de desapontamento e conflito. As pessoas apostam em um relacionamento duradouro e feliz como a solução de todos os problemas. Essa alta expectativa no relacionamento é programada profundamente em nós pelos pais, mídia e sociedade, principalmente no “e viveram felizes para sempre”.
O relacionamento pode falhar, pode não sair como você esperou e isso não é motivo para o fim do mundo. O que não é aconselhável é entrar em um relacionamento por um motivo de desespero, porque esse desespero pode ocasionar uma bola de neve. Alinhar as expectativas dos dois, saber o que cada um espera é o passo principal e fundamental para um relacionamento de sucesso. O iniciar um relacionamento dessa forma, sem alinhar expectativas, gera desapontamento, ansiedade para fazer o melhor, sentimento de “não ser bom(boa) o suficiente”. Então, porque sabotar seu relacionamento com expectativas irreais?
Ser realista requer possuir crenças programadas, e isso não é fácil. A chave é reconhecer que você e a outra pessoa são diferentes e indivíduos imperfeitos, mas capazes de aprender e crescer. Se você possuir a capacidade de aceitar as diferenças e imperfeições e ao mesmo tempo desenvolver comportamentos melhores, então seu relacionamento tem chance de ser um sucesso.
Identifique suas expectativas antes de entrar em um relacionamento. Depois, alinhe com seu(sua) parceiro(a) as expectativas para o relacionamento. Determine barreiras necessárias para que você se sinta amada e valorizada, quão próxima(o) você gosta de estar e o que espera para o futuro.
Não deixe a maré te guiar! Seja a(o) protagonista da sua vida e do seu relacionamento!"



Autoria: Carol Waldeck 






domingo, 13 de maio de 2012

O Real Significado da Criança Interior


"Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa"
Carl Gustav Jung psquiatra suiço (1875-1961) 



Solicito que ao ler (...), o leitor utilize suas faculdades intuitivas, mais do que as analíticas. Não pense que criança interior é aquela que veio do interior ou seus filhos, mas sim aquela que vive dentro de nós. Acredito que os conceitos da teoria de Carl Gustav Jung se fazem necessários para uma maior compreensão do referencial teórico utilizado, onde alguns serão descritos ao final de cada artigo.

Começaremos com o *arquétipo da criança, que poderíamos chamar de a "grande" imagem da criança interior, uma vez que ela é a criança que todos nós contemos, não só como parte de nós, mas também como uma forma codificada da vivência coletiva que a humanidade tem com relação à criança.

A promessa que essa criança representa está dentro de nós, em nossas origens e esperanças. O aspecto divino da criança interior que habita em todos nós é uma fonte que, quando percebida conscientemente, pode nos oferecer coragem, entusiasmo e, principalmente, cura. Ela é divinamente inspirada, irradiando luz para quem a encontra e iluminando nossa **sombra.

É importante salientar que a criança divina se distingue da criança interior formada a partir da memória das vivências pessoais, ou seja, a criança negligenciada, vítima de abuso, não amada, exageradamente disciplinada, excessivamente criticada, cobrada e humilhada, assim como os aspectos vulneráveis e carentes da criança que fomos um dia. É a criança de nossas vivências e que todos nós desejamos curar para podermos recuperar a energia que ainda resiste em forma de defesa, que acabamos por desenvolver para nos proteger das primeiras experiências sofridas.

As defesas podem ser muitas como forma inconsciente de fugir do que um dia sentiu, seja através da fuga pelo álcool, comida, drogas, sexo, poder, dinheiro, enfim, é a busca pelo externo com o intuito de não sentir o que está dentro. A criança divina é um símbolo de transformação, o qual é portador da cura, daquilo que torna inteiro. Curar essa criança interior através da criança divina significa uma das tarefas mais sagradas e também nos possibilita não continuarmos mantendo inconscientemente alguns padrões com nossos próprios filhos nem com nós mesmos.

Independente do histórico de vida de cada um, torna-se imprescindível o entendimento dessa teoria para quem está em busca do seu verdadeiro 'eu', o self , pois sempre parece nos faltar algo à nossa infância de verdade.

Infância ideal e infância real

Em geral, levamos dentro de nós uma imagem da infância ideal, daquela em que o acolhimento e demonstrações de amor foram perfeitos. Essa imagem muitas vezes poderá ser projetada nos outros e lamentando-nos por um ideal, idealizamos relacionamentos e aumentamos nossa solidão e dor. Por trás dessas imagens da infância real e da infância ideal está a imagem da criança interior divina, que brota da camada arquetípica mais profunda de nosso ser.

A criança interior divina tem a inocência, a espontaneidade e o anseio profundo da alma humana por expandir-se e crescer. Às vezes, essa criança interior faz exigências muito intensas, apresentando-se por emoções, ansiedade, depressão, raiva, conflito, vazio, solidão, ou sintomas físicos. A força vital e natural desse arquétipo quer o nosso reconhecimento e ao ser ignorada pode acarretar sérias consequências quando adulto. Quando não fomos devidamente valorizados quando crianças, diminuímos o valor da criança interior e assim mantemos as vivências de nossa infância e seu sofrimento.

Para encontrar essa criança abandonada o mais indicado é através do processo analítico, ou seja, da psicoterapia com base no inconsciente, amparando essa criança e compreendendo seus sentimentos, pois a cura só acontece quando lamentamos nossos sentimentos mais íntimos. Assim, desenvolvemos a função transcendente, que nos conduz à revelação do essencial no homem. No início não passa de um processo natural. Jung deu a esse processo o nome de processo de individuação, o qual parte do pressuposto de que o homem é capaz de atingir sua totalidade, isto é, de que pode curar-se.

E essa cura pode muitas vezes ser obtida quando se encontra essa criança, muitas vezes abandonada, mas que nem sempre conseguimos reconhecer sua existência, principalmente pelo fato da resistência e máscaras que vamos desenvolvendo no decorrer da vida e que nos distancia de nosso verdadeiro eu.

O primeiro passo no processo de individuação é explorar a persona (máscara), pois embora tenha funções protetoras importantes, ela é também uma máscara que esconde o self, nosso verdadeiro eu, o inconsciente e tudo que ele contêm e que serão explorados no próximo artigo.



Autoria: Rosemeire Zago
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca01.htm 


Imagem: Internet




*Arquétipo: conteúdos do inconsciente coletivo.

**Sombra: tudo aquilo que não percebemos e não aceitamos, e que gostaríamos de não ver. Parte obscura e inconsciente.





sexta-feira, 11 de maio de 2012

Viagem Com Alegria No Coração




A nenhum de nós nesta Terra é pedido mais do que pode realizar.
E se nos esforçarmos para obter o que há de melhor dentro de nós,
sempre guiados por nosso Eu Superior, a saúde e a felicidade serão possíveis.
Mas nas horas mais escuras, quando a vitória parece impossível,
lembremo-nos de que os filhos de Deus não devem nunca ter medo,
que as tarefas que nossas almas nos dão são apenas as que somos capazes de realizar e que,com coragem e fé em nossa divindade interior, a vitória virá
para todos os que continuam a lutar.
Cada pessoa tem uma vida para viver, um trabalho a realizar, uma personalidade gloriosa,
uma individualidade maravilhosa.
Se ela compreender estas verdades e conseguir mantê-las contra todas as leis da massificação, ela superará tudo e ajudará os outros com o exemplo do seu caráter.
A vida não exige de nós grandes sacrifícios;
pede-nos apenas para fazermos a viagem com alegria no coração
e sermos uma bênção àqueles que estão ao nosso redor.”





Autoria: Dr. Edward Bach

Texto e Imagem extraídos de: Sabedoria Universal
http://sabedoriauniversal.wordpress.com/2011/03/26/quando-fala-o-coracao-reflexao-do-dr-edward-bach/




quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Ordem do Amor





Siga a Ordem
Afinal de contas, se você tentar amarrar o tênis antes de calçá-lo vai ficar mais difícil, não é mesmo? Assim, não adianta levar a comida para a mesa se os pratos foram esquecidos. Siga a ordem natural das coisas. Primeiro a criança engatinha, depois anda. Se fizer o contrário vai passar o resto da vida no chão.



No amor também é assim:
- primeiro você, depois o relacionamento.
Porque se você colocar a “pessoa amada” em primeiro plano, se você se entregar
“loucamente” a paixão,
se doar de vez ao que acredita ser “o amor da sua vida”,
com certeza vai se machucar.

E olha que certas dores emocionais, mesmo sob o olhar clínico, são piores que as dores físicas. Já vi gente sofrer muito mais com o fim de um relacionamento que outra que caiu de uma moto ou foi atropelado…



Coloque ordem nas coisas.
Ame-se e aprenda a respeitar-se. Quando nos amamos de verdade, não permitimos que o amor vire dor. 
Vejo pessoas em relacionamentos sofridos… Vejo mulheres ainda no namoro apanhando da “pessoa amada”(?). Vejo homens assistindo horrorizados aos “barracos” da “pessoa amada”(?).Vejo casais discutindo e com tantas ofensas que fico pensando: - onde esta o amor desse casal? Às vezes, na mesma sarjeta que a autoestima deles.


Amor só combina com dor, quando não podemos ajudar a pessoa amada. Quando ela precisa de um transplante e não podemos doar. Quando ela cai enferma e não podemos operar. Quando ela perde um ente querido e não podemos consolar. Mesmo assim, no caso dessas dores, o amor é solidário, ajuda a superar.



Fora isso, amor com dor é masoquismo
Esta fora da ordem.
E a ordem é única e clara:
- Em caso de amor, primeiro você.Só quem realmente se ama pode se doar sem se machucar.




Autoria: Paulo Roberto Gaefke
Texto enviado por: Aliene Santos

Imagem:
lipglossculture.com



sábado, 5 de maio de 2012

Sonhos Que Aprisionam




"Havia na minha casa, até uns dias atrás, uma travessa cheia de pedras. Elas eram de cores, tamanhos e formatos diferentes. Tinham em comum o fato de haverem sido coletadas em viagens. Se eu estivesse num lugar especial, procurava uma pedra bonita e a metia no bolso. Mais tarde, de volta em casa, juntava o item novo à coleção.


Haveria, talvez, umas 30 pedras na travessa. Na semana passada, preparando a casa para uma reforma, disposto a recomeçar a vida, decidi que era hora de me livrar de coisas que eu vinha acumulando desnecessariamente há pelo menos 10 anos. Rodaram roupas, objetos, revistas, livros e, claro, as pedras. Mas não foi fácil.

Cada vez que eu punha uma coisa de lado, com a disposição de me livrar dela, algo me incomodava profundamente. Havia uma dor ali, ou várias dores diferentes. As pedras eram parte do passado que, de alguma forma, eu tentava agarrar e materializar. Os livros, vários que eu nunca tinha lido, representavam uma inquietação pelo futuro: agora eu nunca saberia o que há dentro deles. As roupas, muitas delas sem usar há anos, ficavam me acenando do chão, empilhadas, com as situações que haveriam de vir e nas quais eu sentiria falta delas.

O nome desse sentimento inquietante é apego. A gente se agarra às coisas, como se agarra às pessoas e às ideias. Na
verdade está tudo entrelaçado. As coisas representam pessoas, que nos remetem a sentimentos e ideias. Ou representam sentimentos e ideias, que nos lembram de pessoas. Qualquer que seja a ordem, esse sentimento é um fardo. Tentando reformar e recomeçar, tentando reiniciar a vida, a gente percebe como é difícil deixar as coisas para trás. Inclusive os sonhos e os planos, por mais banais e genéricos que sejam.

Assim como nos apegamos a livros que nunca lemos, ou CDs que nunca ouvimos, também nos apaixonamos por coisas que nunca vivemos e gostaríamos de viver, embora não sejamos capazes de explicá-las ou defini-las. Essa forma de apego é vaga, mas tem uma força brutal sobre as nossas ações. A esperança de viver coisas espetaculares (mas indefinidas) no futuro impede que a gente se mova no presente. Ela leva, por exemplo, algumas pessoas a protelar indefinidamente relações afetivas duradouras. Elas não conseguem renunciar ao sonho de perfeição do conto de fadas ou abrir mão das possibilidades eróticas oferecidas por um planeta com seis bilhões de pessoas.

Isso equivale à dificuldade de jogar fora um DVD que nunca foi visto. É apego pelo desconhecido. Tenho a impressão de que esse sentimento pelo futuro é o maior obstáculo à mudança na nossa vida. O passado é uma entidade com peso e qualidade definidos. Lidamos com ele todos os dias. Desapegar não é simples, como mostra a minha coleção de pedras, mas pode ser negociado, como sabem os analistas.

 Memórias podem ser reavaliadas, experiências podem ser diluídas no tempo. Podemos chegar à conclusão que sobreviveremos ao grande amor e ao grande trauma - e com algum pesar, por um e por outro, somos capazes de enterrá-los em alguma medida.

O futuro é outra história. Nele residem todas as nossas expectativas. Depositamos neles nossas aspirações práticas e subjetivas. Em direção a ele arremessamos os nossos desejos não realizados, a redenção das nossas frustrações. No futuro encontra-se a pessoa que desejamos ser. A felicidade mora lá e nos assombra como um fantasma a cada minuto da nossa vida.

Não saberíamos viver sem ela. Seria desumano. É contra essa esperança enorme, avassaladora e perniciosa que temos de lutar todos os dias para tomar conta da nossa vida. Não basta olhar para trás e se livrar das coleções de pedras. Ou das roupas velhas. Para começar de novo, em qualquer idade, temos de jogar fora os sonhos embolorados e as ilusões.

Precisamos nos livrar do futuro sem rosto que nos assombra. É provável que a felicidade, como coisa duradoura, não exista. Mas, se ela pode ser encontrada em algum lugar, ainda que de forma fugidia, é no presente. Para enxergá-la, precisamos estar de olhos bem abertos, livres das sombras do passado e das luzes que cegam no futuro. Não é fácil, mas quem disse que a vida é simples?"




Autoria: 
Ivan Martins

(Editor Executivo de  ÉPOCA)

Texto e Imagem enviados por: Aliene Santos



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Emagrecimento: Uma Visão Psicológica



"Por que será que uma grande parcela de indivíduos obesos ou com sobrepeso enfrentam tantas dificuldades em perder pesos e medidas? Quase todas as pessoas, muitas vezes sem saberem, repetem um conjunto de práticas comportamentais e emocionais, que por sua vez, provocam dependências, tanto bioquímicas quanto relacionais. Essas são as verdadeiras causas das dificuldades de mudanças, incluindo o sucesso de um desejo ou necessidade de emagrecimento. Isso nos faz concluir que, mesmo sem sabermos, somos viciados em uma infinidade de emoções e comportamentos e das suas conseqüentes bioquímicas.

Sempre digo a quem quer emagrecer e não consegue que devem existir muitas causas ou ganhos secundários, inconscientes ou não, que contribuem para impedir que o peso seja perdido. Dentre eles, temos o medo de enfrentar uma imagem corporal mais atraente, que pode despertar ciúmes e desequilíbrio nas relações afetivas, possibilidades de mudanças indesejadas ou temidas e a perda da compensação prazerosa que o excesso alimentar produz, porque a comida, além de gratificar, nos dá sentimentos de acolhimento.



Além disso, também existe uma enorme sabotagem, igualmente inconscientes ou não, de todas as pessoas envolvidas nos nossos vínculos relacionais, porque toda mudança produz insegurança, medo e tentativa de manutenção das dinâmicas de vida já conhecidas, mesmo quando dolorosas e indesejáveis. Paralelamente, é importante deixar claro que a relação que cada indivíduo tem com o seu corpo é proporcional nas relações com as demais pessoas. Por isso, um corpo pode estar pesado pelas palavras de amor ou de raiva que não puderam ser ditas nas diversas relações, sobrando apenas o acúmulo energético e compensatório dos sentimentos não expressos na forma de gordura, que pode ser uma excelente reserva energética para ser usada na forma de trabalho físico das ações construtivas.



Perder peso implica em reestruturar a nova imagem corporal, reconstruir os vínculos sociais e interpessoais, buscar novos significados para as relações amorosas, reeducar o organismo em uma outra configuração bioquímica e buscar um sentido de prazer e satisfação de vida mais abrangente do que os obtidos pela ingestão de alimentos. Ou seja, em qualquer mudança de vida pretendida várias crises e síndromes de abstinência poderão surgir, provocando dor e sofrimento.



O sucesso vai depender da sua disponibilidade em encarar a mudança de um conjunto de fatores que incluem o corpo, a mente, as relações afetivas, familiares, sociais, profissionais e até espirituais. Só assim uma mudança de vida como uma dieta alimentar ou um programa de exercícios físicos terá sucesso, pois você perceberá que o excesso de peso terá outra razão além de restos de um passado que não mais te influencia. Emagrecer não é tão fácil como se imagina e na maioria das vezes é necessário muita ajuda, principalmente a psicológica, e é um grande desacerto acusar quem não está obtendo sucesso de preguiçoso ou incapaz, porque existem uma infinidade de mecanismos físicos, bioquímicos e psíquicos que entram em estado de alarme e reagem prontamente a qualquer experiência de fome ou sentimento de perda, inevitáveis em qualquer dieta de emagrecimento."



Autoria: Waldemar Magaldi Filhohttp://www.waldemarmagaldi.com/index.php?sec=artigos&id=25&ref=emagrecimento-uma-vis%E3o-psicol%F3gica

Imagem:
todaperfeita.com.br