segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"O CÁRCERE DA IDENTIDADE AMEDRONTADA"


- A Journey Begins -
Lisa Rostoen



Na paisagem interior da alma, existe uma alentadora e melodiosa voz da liberdade sempre chamando por nós. Ela nos encoraja a ampliar os limites da integração - a não nos contentarmos com um falso abrigo que não atende o nosso potencial. Não existe cárcere para a alma. Cada um de nós deve avançar para dentro, além dos constrangimentos superficiais, e visitar os lugares selvagens no nosso íntimo. Ali, não há áreas vazias. Cada um de nós necessita
do alento e vigor desses espaços vazios interiores.
Uma das prisões mais mutiladoras é a prisão da identidade reduzida. (...)

Cada um de nós está inevitavelmente envolvido em decifrar quem de fato somos. Nenhuma outra pessoa pode responder a essa pergunta para nós. "Quem és tu?" é uma pergunta superficial que possui um vasto e intrincado raizame. Quem somos por trás da nossa máscara, do nosso papel? Quem somos por trás de nossas palavras? Quem somos quando estamos a sós conosco? No meio da noite, quando despertamos, quem então somos? Quando o amanhecer nos resgata da floresta tropical da noite, quem somos antes de nos esgueirarmos em segurança sob a máscara e o nome por que somos conhecidos durante o dia? Uma das realizações despercebidas da vida cotidiana é manter a complexidade selvagem da nossa verdadeira identidade tão beme scondida que a amioria das pessoas jamais suspeita dos mundos que colidem em nosso coração.
A amizade e o amor deviam ser as regiões seguras onde os nossos eus desconhecidos
pudessem ir para se divertir. (...)
Permanecemos hesitantes e amedrontados para desfrutar a beleza da nossa divindade.

Não existem manuais para construir o indivíduo em que gostaráimos de nos transformar. Somos a única pessoa que pode decidir isso e se dedicar ao envolvimento de trabalho que isso exige. Esse é um privilégio maravilhoso e uma aventura muito emocionante. Tornar-se a pessoa que o nosso anseio mais profundo deseja é uma graça. Se pudermos encontrar uma harmonia criativa entre a nossa alma e nossoa vida, teremos encontrado algo infinitamente precioso. Podemos não ser capazes de fazer muito acerca dos grandes problemas do mundo, ou de modificar a situação em que nos achamos, mas se pudermos despertar a beleza e a luz eternas da nossa alma, levaremos luz aonde quer que formos. A dádiva da vida nos é concedida para nós mesmos e também para levarmos paz, coragem e compaixão aos outros.




Autoria: John O' Donohue
Livro: Ecos Eternos

Imagem:
http://www.flickr.com/photos/lisarostoen/2805231115/


11 comentários:

ELANE, Mulher de fases! disse...

LINDA ADELIA,SE TODOS TIVESSEM ESSA CONSCIENCIA DE SE AUTO DESCOBRIR, O MUNDO JA ESTARIA EM PAZ, NAO ACHA??MAS A HUMANIDADE UM DIA ALCANÇARÁ ESSA DÁDIVA!!AMO SEUS POSTS!!ÓTIMA SEMANA, MINHA PSICÓLOGA PREFERIDA!!!

Claudinha ੴ disse...

Olá Adélia!
Eu vivo em busca de saber quem sou. Errando, acertando, vou dando minhas cabeçadas e procurando confortar pessoas que passam por apuros que já passei.
Gostei do texto!

A história do espelhpo que lhe falei é o meu post, contado de maneira bem leve. Aquele espelho me traz até hoje uma sensação muitíssimo enigmática e algo de eu já me vi ali antes. Pode ser algum momento da primeira infância, pois desde que nasci frequentava o museu com parentes e depois, vizinha, ia lá todo dia pra tentar descobrir o que eram aquelas coisas que eu sentia...
Noutra oportunidade vou contar a história da pulseira. Vou pedir a minha tia uma foto dela,ela deve ter. A espertinha ficou com ela...

Um beijo!

Aparecida disse...

Oi Adélia. O texto é maravilhoso e fala por si só, mas, citarei um pouco dele. É verdade que não podemos resolver grandes problemas do mundo e também muitas vezes nem conseguimos modificar a situação em que nos encontramos, mas acredito que somente a amizade e o amor, ainda SÃO regiões seguras,onde nosso ser desconhecido(?) pode correr, brincar, rolar na grama e ser apenas o que É. encontrar a harmonia entre o que somos e o que temos que ser, não é tarefa fácil. Obrigada pela visita em meu blog. Beijo carinhoso.

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Claudinha Querida, é muito bom ir na direção quem se é, na medida em que vamos nos descobrindo em cada ciclo de vida. Beijinhos.

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Querida Lane, a paz começa em cada um de nós. Ainda é uma minoria que consegue ter um esclarecimento ampliado sobre o significado real da Vida. Mas,o importante é que cada um de nós faça sua parte. Beijos. P.S. Grata por ter o privilégio em ser considerada como sua preferida!

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Cida Querida, que palavras mais belas para descrever a importância da amizade e do amor como recônditos de segurança para o ser. Beijo.

Unknown disse...

Esta consciencia muda totalmente nossa vida, deixamos de ser passíveis para sermos os verdadeiros condutores do nosso destino, buscando sempre o autoconhecimento e tentando suprir nossos anseios profundos, buscando a verdade interior.
Mais um belissimo texto para refletir...
Beijos

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Olá Adélia. Este texto é maravilhoso e mostra a importância de nos conhecermos a fundo. Conhecendo-nos, podemos mudar, conscientemente, os "defeitos", tornando-nos melhores. E quando isto acontece, tudo à nossa volta, muda para melhor. É inevitável. Sorriso puxa sorriso; delicadeza puxa delicadeza... amor puxa amor. É preciso mudar para sermos livres. Beijos.

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Jeanne Querida, estarmos despertos para a Vida, nos aproxima de nós mesmos e daí advem nosso fio condutor para empreendermos nossa jornada em liberdade. Beijo.

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Oi, Maria José. Esse percurso descrito por você é o ideal para se atingir a liberdade do ser. Beijos.

Tereza Kawall disse...

Ainda que temporariamente nos desviemos o caminho, ele sempre está lá, o chamado não nos deixa esquecer do projeto original, nossa " impressão Celestial", unica, e intransferível.
Cuidemos pois cada um, de seu proprio jardim!
bj
Tereza