terça-feira, 22 de setembro de 2009

"A GRANDE RODA: MORTE E ALÉM"

-Tibetan Wheel of Death -


Tua própria consciência, brilhante, vazia e inseparável do grande corpo de resplendor, não tem nascimento, não tem morte e é da luz imutável
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Buda Amitaba.

"O Bardo dos Momentos da Morte"
O livro Tibetano dos Mortos


"O homem tem medo da morte da mesma forma como as crianças têm medo do escuro", escreveu Francis Bacon, há quatro séculos. Apesar de todos os progressos de nossa medicina moderna, das afirmações tranquilizadoras dos espiritualistas quanto ao "outro lado" e, agora, até de uma ciência do morrer, a Tanatologia, temos exatamente tanto medo da morte quanto os contemporâneos de Bacon. O fracasso abjeto hoje da medicina e da ciência materialista em dominar este "último inimigo" deixou os homens e mulheres de hoje no mínimo ainda mais aterrorizados por este poder impressionante. O estilo norte-americano de morrer" como Nancy Mitford o batizou, é o da negação cabal: os cadáveres são maquilados para parecer que estão dormindo no auge da saúde; falar de doenças terminais é um tabu maior do que falar de sexo; o ato de morrer é um segredo a ser ocultado das crianças e adultos igualmente. Com execessão do movimento Hospice, é quase impossível morrer num hospital em tranquila dignidade, sem estar sujeito ao frenesi invasor de médicos heróicos. Salvar a vida parece muito mais importante do que dar à morte o que lhe é devido.

Acredito que o trabalho com vidas passadas pode contribuir com idéias imensamente importantes para a nossa compreensão da morte, principalmente quando vista como um processo psicológico.
(...)
Boa parte de nosso trabalho está relacionada inicialmente com a limpeza ou catarse dessas antigas feridas psíquicas. A outra categoria de trauma de vidas apssadas tão frequente quanto à morte é a do abandono e da separação...

Quer a morte seja violenta ou não violenta, porém, sempre há muito a ganhar com a experiência de transição. Durante uma sessão de vida passada eu sempre levo meu cliente ao momento da morte e um pouco além, uma vez que isso dá a sensação de consumação, distanciamento e, muitas vezes, porém não sempre, resolução.



Autoria: Roger J. Woolger
Livro: As Várias Vidas da Alma


Imagem: Internet

4 comentários:

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Adélia.
Este assunto de morte me interessa muito. Tenho lido muito a respeito, principalmente depois que perdi minha filha. Acredito que exista vida após esta vida, porque caso contrário, pra quê tudo isso? A vida continua nos dois planos. Não podemos morrer porque já fomos criados para viver sempre. Apesar desta convicção, muita gente, talvez a maioria tem medo da morte, justamente por ser um estado desconhecido. Eu, por outro lado, deixei de ter esse medo, porque acredito que o outro lado é muito melhor do que este aqui.
Mais uma vez, obrigada pelos comentários deixado no meu blog, que são sempre de alto valor científico. Estou aguardando o seu post. Beijos.

Unknown disse...

É, estas experiências são mesmo fascinantes...
Eu tenho medo sim, afinal é uma grande transição onde deixamos pessoas muito queridas, mas estou trabalhando e me preparando, inclusive brincando sempre que quero continuar na evangelização infantil "do lado de lá", se Deus me permitir esta dádiva.
Beijos

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Maria José, é uma verdade que, o desconhecido assusta por não se poder ter o controle do mesmo. E no caso da morte, mais ainda. Aprecio muito o conceito de Deepak Chopra, ao dizer que: " Na Índia da minha infância, a outra vida não era um local físico, mas um estado de consciência, um plano de existência entre os muitos milhões nos quais o cosmo celebra a sua existência." Postarei ainda, sim, sobre aquele tema elucidado em seu blog. Beijos.

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Assim como presenciar a partida de alguém amado é doloroso, para muitos de nós. Continuar com seu lindo trabalho, Jeanne será uma benção! Que assim seja! Beijos.