- The peace of nature and childhood -
A presença de uma pessoa que tem serenidade e contentamento no coração gera confiança. Ela pode separar as tolices da conversa e selecionar o que tem de importância e valor. Às vezes, a dignidade da calma pode levar o grupo dos presentes a um nível superior de atenção e excelência. Inversamente, ficamos constrangidos na presença de uma pessoa cuja serenidade e contentamento são forçados. Sua calma só perdura porque atua dentro de uma estrutura muito limitada de autodefesa e recusa. É difícil sentir que podemos ser nós mesmos na companhia de um anseio subjugado com tamanha eficiência. Quando abrimos o coração à descoberta, seremos chamados a sair das barreiras de conforto com que fortificamos nossa vida. Seremos chamados a arriscar velhas opiniões e idéias e a sair do círculo de rotina e imagem. Isso frequentemente acarreta turbulência. O pêndulo se fixará às vezes em uma extremidade e ficaremos sem equilíbrio. Mas a nossa alma adora o perigo de crescimento. Na sua confiança sensata, a nossa alma sempre nos recambiará a um lugar de verdadeiro e vital equilíbrio.
A própria natureza do universo nos convida a viajar e descobri-lo. A terra deseja que as nossas mentes ouçam com toda a atenção e observemos criteriosamente, para que possamos aprender os seus segredos e denominá-los. Somos os ecos da Natureza contemplativa. Um dos nossos deveres mais sagrados é ser abertos e fiéis às vozes sutis do universo que se apresentam vivas no nosso anseio. Aristóteles afirmou que a razão de podermos saber qualquer coisa é que existe uma afinidade mórfica entre nós e a Natureza. Essa é a íntima e precisa afinidade da forma. Animais, árvores, campos e marés têm outros deveres. Para isso exclusivamente fomos libertados e abençoados. Ou estamos no universo para habitar a admirável eternidade da nossa alma e nos tornamos verdadeiros ou então bem poderíamos dedicar nossos dias a fazer compras e matar o tempo assistindo programas de entrevistas.
Autoria: John O'Donohue
Livro: Ecos Eternos
Imagem:
www.flickr.com/photos/hetleigh76/3946982941/
7 comentários:
Olá, Lia!!!
Lendo este post lembrei-me de você quando conversávamos muito. Belos momentos onde tanto aprendi aprendendo a te conhecer.
Minha doce amiga, tem um selo para você no meu bloguinho. Passa lá, tá bom?
Um beijo, com carinho,
Jorge
Quando abrimos nosso coração à descobertas, deixamos de viver uma vida medíocre e passamos a buscar uma vida com mais prazer e com novas oportunidades de crescimento, de aprendizado... e passamos a ter com ela uma relação mais íntima, mais confidente...
Um grande beijo
Julimar
Jorge, Meu Querido Amigo, aprendemos muito conjuntamente. Irei buscar o selinho. Obrigada pelo carinho de sempre! Beijos.
Julimar, e a partir disto tudo expandimos nosso nível de consciência, aperfeiçoando o nosso Viver. Beijos.
Falei algo parecido ao psiquiatra, estava me sentindo "normal" demais, e ai comecei a ficar triste, agora entendo, a nossa alma "adora o perigo do crescimento".
Genial.
Grande autor, gostei.
Beijos
O normal é um adaptado. Os Mestres Chineses diziam: Se não tiver problemas, procure-os.
E isso me intrigou durante muito tempo, depois que eu compreendi, que o normal é adaptado. Nunca questiona nada, vive na maré mansa. Corre dos problemas, nunca os enfrenta.
Vamos lá Adelia, traga texto pra colocar PULGA atrás da orelha do povo, rsrsrsr.
Grande abraço
Querida Norminha, este normal que nunca questiona e se atrofia internamente é chamado de "Normose", um tipo de patologia (Livro: "Normose"Roberto Crema/ Pierre Weill,Leloup), onde o ser atende a tudo exceto a si mesmo. Pode deixar com este seu impulso, trarei mais textos com este teor de alavancar mais reflexões... Beijos.
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