“Na unidade tudo tem um propósito.
Não há enganos, desvios nem erros.
Há apenas as coisas que os humanos não compreendem.”
(Regal Black Swan)
"A comunicação entre espécies pode ser comprovada cientificamente?
Sim, há diversos trabalhos nessa área, mas quero citar aqui o biólogo inglês Rupert Sheldrake que, de forma simples e brilhante, trouxe comprovação científica para esse trabalho.
Sheldrake é mais conhecido por ter criado a “Teoria dos Campos Mórficos”, que descreverei a seguir de forma resumida.
Caso você tenha interesse pelo assunto e queira aprofundar-se nele, há muito para explorar em seus livros, todos em linguagem simples e acessível ao leitor leigo.
Os campos mórficos são campos de energia que envolvem os seres com relação afetiva entre si. Dentro desses campos de energia pode circular todo tipo de informação, e essa circulação é independente de tempo e de espaço.
Como as relações de afeto podem formar-se entre todos os tipos de seres, por exemplo, entre seres humanos e animais ou entre seres humanos e plantas, isso resulta na possibilidade de comunicação entre espécies, que acontece dentro dos campos mórficos.
Até há pouco tempo isso era considerado ficção, e é surpreendente observar com que rapidez nosso mundo está mudando. Não apenas Sheldrake lida com esse tema, mas também cientistas de diversas áreas, como os físicos modernos que formularam a teoria da complexidade e a física quântica. Eles falam sobre a dinâmica não linear e nos trazem uma nova visão da realidade, que vem substituir, em diversas disciplinas, a visão de mundo mecanicista e cartesiana.
Não é meu objetivo entrar na área científica em profundidade, mas sim mostrar que a comunicação entre espécies é comprovada até do ponto de vista científico, já que este é um dos principais questionamentos que muitos acadêmicos e pessoas com raciocínio linear apresentam, invariavelmente.
Rupert Sheldrake, em seu último livro A sensação de estar sendo observado – E outros aspectos da mente expandida, escreve sobre o ceticismo: “A palavra ceticismo vem do grego sceptic, que significa indagação ou dúvida, e não negação ou dogmatismo”.
Ele diz que é mais científico explorar fenômenos que não compreendemos do que fingir que não existem. Também diz que é menos amedrontador reconhecer que a telepatia faz parte da nossa natureza biológica e é compartilhada com muitas outras espécies animais do que tratar o assunto como estranho ou sobrenatural.
Isso porque ele pensa que o ataque de muitas pessoas àqueles que fazem experiências com a telepatia é baseado, entre outras coisas, num medo arcaico da bruxaria.
Os fenômenos tidos como sobrenaturais, tais como a telepatia, na verdade violam tabus muito poderosos. Um desses é a crença de que a mente nada mais é do que uma atividade do cérebro. Essa crença é quase inquestionável para muitas pessoas e, com tal informação rígida dentro de nós, fica bem mais difícil abrir-nos para a comunicação telepática.
O que Sheldrake sugere não é que o cérebro seja irrelevante para o nosso entendimento da mente. As mentes habitam nossos corpos e os cérebros especificamente. O que ele sugere é que a mente não está confinada ao cérebro, mas que atua além deste. Essa extensão ocorre por meio dos campos mentais, os quais existem tanto dentro quanto fora do cérebro.
A ideia de campos em volta do corpo é familiar para nós. Por exemplo, o campo gravitacional da Terra estende-se muito além da superfície da Terra, permitindo que os satélites e a Lua façam sua órbita em torno da Terra.
Os campos magnéticos, assim como o campo elétrico e o gravitacional, são invisíveis, mas são capazes de ter efeitos a distância, como a comunicação a distância ou comunicação telepática.
Da mesma forma, Sheldrake afirma que nossos campos mentais não estão confinados dentro de nossas caixas cranianas, mas estendem-se além delas. Sugere que nossa atividade mental depende de campos invisíveis que também podem produzir efeitos a distância!
Talvez vocês já tenham ouvido falar do “princípio do centésimo macaco”, descrito por Lyall Watson no livro intitulado Lifetide: the biology of consciousness” (pode ser traduzido com “Onda da vida: a biologia da consciência”). Watson descobriu que, quando um grupo de macacos aprendeu certo comportamento numa ilha do Japão, ao mesmo tempo, em outras ilhas sem comunicação possível com essa primeira, outros grupos de macacos começaram a ter o mesmo tipo de comportamento!
Esse caso vai ao encontro do que expliquei em relação aos campos mórficos: qualquer sistema mórfico, neste caso o dos macacos, pode entrar em sintonia com sistemas similares, neste caso o dos macacos que estão na outra ilha. Por meio desse processo, cada macaco contribui para uma memória coletiva da espécie.
“O reconhecimento de que nossas mentes vão além dos cérebros nos liberta. Não estamos mais presos aos limites das nossas caixas cranianas, com mentes separadas e isoladas umas das outras. Não estamos mais alienados de nossos corpos, do nosso ambiente e das outras espécies. Estamos todos interconectados com tudo o que existe.”
(Rupert Sheldrake)
Por meio dos campos de percepção, nossas mentes alcançam os objetos que estamos olhando. Assim sendo, deveríamos ser capazes de influenciar as coisas simplesmente olhando para elas.
Será que é possível? O melhor ponto de partida para essa conversa é pensar sobre os efeitos de olhar para outras pessoas, como Sheldrake mostra em seu último livro. Ele demonstra que podemos saber quando alguém está nos olhando mesmo que estejamos de costas para a pessoa que nos olha!
A telepatia, assim como a sensação de estar sendo observado, só é algo paranormal se aceitarmos como normal a teoria de que a mente está confinada dentro do cérebro. Mas, se aceitamos que nossas mentes podem alcançar além do cérebro e podem conectar-se com outras mentes, então, fenômenos como a telepatia e a sensação de estar sendo observado são normais. Não é mais algo esquisito, à margem da psicologia humana, mas uma parte de nossa natureza biológica".
Comunicação Entre Espécies
Sheila Waligora
http://www.anda.jor.br/?p=437
Imagem:
http://pixdaus.com/?sort=tag&tag=dog
6 comentários:
Lia, meu Anjo,
muito interessante este texto. Apenas acredito que o campo mórfico se funde com a natureza biológica sem sê-lo na sua essência.
Amiga do coração,
deixo, como sempre um beijo de saudade e carinho,
Jorge
Olá Adélia!
Se somos rádios receptores e transmissores, os animais também o são, até mesmo as plantas eu acredito na minha ignorância. Sua postagem confirma Kardec e outros em que acredito.
Vou checar o link!
Um beijo, uma ótima semana!
Amiga,
Aproxime-se das pessoas, compartilhe mais,sorria mais e abrace mais. Assim levamos a luz a todos os seres.
"A felicidade é um perfume que não pode se esparramar sem salpicar em você." Og Mandino.
Este tema deve ser sempre debatido.
Devemos ler, para aprender e depois realizar. Os índios sabem e aplicam este conhecimento com muita propriedade.
Muitas saudades!
Feliz Páscoa!
Grande e afetuoso abraço
PS: dia 02.04. estréia o filme de Chico Xavier, vamos todos juntos encher os cinemas.
Adelia Ester,
Muito bom o seu texto, que não é apenas para ser lido, mas também para meditarmos sobre ele.
Abraços,
Pedro.
O seu texto é muito interessante, vim cair aqui depois de várias pesquisas que tenho feito sobre transmissão de energia, campos magnéticos, entre o ser humano, principalmente.
Comecei a fazer isso há algum tempo, porque desde uma determinada altura sinto essas transmissões de energia/campos magnéticos (?), principalmente com pessoas. Como isso me provocava muitos problemas - dá-me a sensação que ando permanentemente às "cabeçadas", às outras pessoas -, falei com várias pessoas que considerei idóneas e todos me responderam que não sentem nada e outros que isso é impossível.
A psiquiatria diagnosticou-me uma psicose delirante e, apesar de considerar que devo estar doente, a minha doença será outra qualquer.
Este post deu-me uma nova "força". Provavelmente há outras pessoas como eu, já que isto deve ser algo como a "asma" em relação à respiração. Talvez tenham conseguido solucionar os seus problemas e possam ter soluções importantes.
Obrigada pela informação.
SusanaC.
Susana, é muito gratificante saber que o texto possa ter contribuído de alguma forma contigo. Grata pela sua presença e comentário!
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