"A raiva é uma emoção humana natural. É uma campainha de alarme da nossa psique, que avisa que algo vai mal dentro de nós ou no ambiente. A raiva nos ajuda a agir, a mexer, a mudar. Sem ela, poderíamos ficar inertes em situações que não nos são saudáveis. Sem ela, careceríamos da vontade de nos defender e defender as pessoas que são maltratadas.
Se a raiva for assumida como um sentimento que vem claramente do eu, ela não precisa ser destrutiva. A raiva reprimida sempre se manifesta de outra forma indireta e, inevitavelmente, mais negativa. A raiva somente se torna uma expressão do eu inferior
quando é usada para ferir ou destruir.
O sentimento de raiva é sempre útil, porque é a simples verdade emocional do momento, podendo, assim, levar-nos a um ponto mais profundo do nosso íntimo. A expressão da raíva, contudo, precisa ser consciente: o modo, o momento e a pessoa envolvidaprecisam ser levados em conta. Num contexto de trabalho pessoal, em sessões de aconselhamento individual ou em grupo podemos sentir e expressar totalmente a raiva. Fora de um contexto desses, precisamos determinar se é conveniente e como é conveniente expressar a raiva, o que vai depender principalmente do grau de confiança e de disposição em explorar os sentimentos que existam na relação com a pessoa com a qual estamos zangados.
Se não existir intimidade e acharmos que o outro não é capaz de ouvir o que temos a dizer, talvez seja melhor não expressar absolutamente a raiva, ou fazê-lo apenas de modo controlado, ou como um protesto específico calculado para não culpar nem humilhar o outro. Em qualquer caso, precisamos investigar nossa raiva, de preferência de alguma perspectiva objetiva externa, para, no fim, ver se precisamos tomar alguma providencia sobre a situação que nos incomoda.
A concordância em expressar a raiva aberta aberta e diretamente é vital para qualquer relacionamento que tenha objetivo a verdadeira intimidade. Numa situação dessas, a simples frase: 'Estou com raiva de você' muitas vezes desanuvia o ambiente. Com isso se inicia um processo de assumir responsabilidade pela propria raiva, falar sobre o que lhe deu origem, e depois se esforçar para descobrir se sua origem foi realmente uma ofensa atual por parte do outro ou a reativação de uma mágoa anterior, ou uma combinação das duas coisas."
Autoria: Susan Thesenga
Livro: O Eu sem Defesas
Imagem:
luciahsoares@hotmail.com
Se a raiva for assumida como um sentimento que vem claramente do eu, ela não precisa ser destrutiva. A raiva reprimida sempre se manifesta de outra forma indireta e, inevitavelmente, mais negativa. A raiva somente se torna uma expressão do eu inferior
quando é usada para ferir ou destruir.
O sentimento de raiva é sempre útil, porque é a simples verdade emocional do momento, podendo, assim, levar-nos a um ponto mais profundo do nosso íntimo. A expressão da raíva, contudo, precisa ser consciente: o modo, o momento e a pessoa envolvidaprecisam ser levados em conta. Num contexto de trabalho pessoal, em sessões de aconselhamento individual ou em grupo podemos sentir e expressar totalmente a raiva. Fora de um contexto desses, precisamos determinar se é conveniente e como é conveniente expressar a raiva, o que vai depender principalmente do grau de confiança e de disposição em explorar os sentimentos que existam na relação com a pessoa com a qual estamos zangados.
Se não existir intimidade e acharmos que o outro não é capaz de ouvir o que temos a dizer, talvez seja melhor não expressar absolutamente a raiva, ou fazê-lo apenas de modo controlado, ou como um protesto específico calculado para não culpar nem humilhar o outro. Em qualquer caso, precisamos investigar nossa raiva, de preferência de alguma perspectiva objetiva externa, para, no fim, ver se precisamos tomar alguma providencia sobre a situação que nos incomoda.
A concordância em expressar a raiva aberta aberta e diretamente é vital para qualquer relacionamento que tenha objetivo a verdadeira intimidade. Numa situação dessas, a simples frase: 'Estou com raiva de você' muitas vezes desanuvia o ambiente. Com isso se inicia um processo de assumir responsabilidade pela propria raiva, falar sobre o que lhe deu origem, e depois se esforçar para descobrir se sua origem foi realmente uma ofensa atual por parte do outro ou a reativação de uma mágoa anterior, ou uma combinação das duas coisas."
Autoria: Susan Thesenga
Livro: O Eu sem Defesas
Imagem:
luciahsoares@hotmail.com
8 comentários:
Olá, boa noite :)
Achei superinteressante esse post porque a minha teoria é que as pessoas devem enfrentar todas as suas emoções/sentimentos em vez de fugir delas ou fingir que não existem.
Alimentar a raiva não é uma coisa boa, como é óbvio, mas sendo humanos muitas vezes podemos sentir raiva em determinadas situações, e observar esse sentimento, faz com que ganhemos consciência da sua existência, e consequentemente, podemos fazer a partir daí com que ela se dissipe mais depressa, libertando-nos.
Beijo na alma.
Angel.
Oi Adélia, obrigada pelos lindos e sábios textos! Sabe, eu senti muita raiva, percebi que fazia muito mal, ficava doente mesmo, mas o tempo é muito sábio e estou fazendo um controle dessa raiva kkkk. Adélia esses dias sai com uns amigos, bebi e me diverti muito! Ainda me sinto desconfortável ir pra alguns lugares onde o "casal" está. Adélia, você acha que devo enfrentar esse "desconforto" e encarar?
Walquíria.
Angel, ser honesto consigo próprio envolve ser honesto com o que se sente. Sua reflexão está perfeita! Beijos.
Walquíria tente agir com ponderação, não se forçando para aquilo que possa te ferir no momento. Permita que suas feridas tenham seu tempo para a cicatrização. Volte-se cada vez mais para você e vá na direção de tudo que te faz bem e assim te fortalece. Beijos.
Um ponto de vista interessante.
Parecido, eu tenho uma máxima que é: "mais vale ficar vermelho uma vez do que amarelo toda a vida"...
Beijo, querida amiga Adélia.
Olá Adélia. Adorei o post. Não devemos reprimir nada. Por outro lado, não devemos tomar qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Assim, evitaremos cometer injustiças e ganharemos o respeito dos demais por nossa posição ponderada e correta.
Diante de uma situação difícil, é preferível deixar a raiva tornar-se amena, para então, decidirmos o que fazer. Beijos e ótimo domingo.
Uma emoção difícil de lidar - um fel que adoece a alma.
Maravilhosa contribuição, amiga.
Tb passei para avisar vc que no Tecendo tem um mimo te esperando.
Te espero!
Ótimo domingo, beijos!
Oi Adélia, que saudades de ti! Não apareceu mais aqui! Mas olha, passo todos os dias, pois o blog me faz muito bem! Beijos!
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