"Depender da pessoa que se ama é uma maneira de se enterrar
em vida, um ato de automutilação psicológica em que o amor próprio,
o auto-respeito e a nossa essência são oferecidos e
presenteados irracionalmente.
Quando a dependência está presente,
entregar-se, mais do que um ato de carinho desinteressado
e generoso, é uma forma de capitulação, uma rendição conduzida
pelo medo com a finalidade de preservar as coisas boas que
a relação oferece.
Sob o disfarce de amor romântico, a pessoa
dependente afetiva começa a sofrer uma despersonalização lenta
e implacável até se transformar num anexo da pessoa “amada”,
um simples apêndice. Quando a dependência é mútua, o enredo
é funesto e tragicômico: se um espirra, o outro assoa o nariz. Ou,
numa descrição igualmente doentia: se um sente frio, o outro coloca
o casaco.
'Minha existência não tem sentido sem ela'; 'Vivo por ele
e para ele'; 'Ela é tudo para mim'; 'Ele é a coisa mais importante
da minha vida'; 'Não sei o que faria sem ela'; 'Se ele me faltasse,
eu me mataria'; 'Eu venero você'; 'Preciso de você'; enfim, a
lista desse tipo de expressões e 'declarações de amor' é interminável
e bastante conhecida. Em mais de uma oportunidade, as recitamos,
as cantamos embaixo de uma janela, as escrevemos ou,
simplesmente, elas brotam sem nenhum pudor de um coração
palpitante e desejoso de transmitir afeto. Pensamos que essas
afirmações são demonstrações de amor, representações verdadeiras
e confiáveis do mais puro e incondicional dos sentimentos.
De forma contraditória, a tradição tentou incutir em nós um paradigma
distorcido e pessimista: o amor autêntico, irremediavelmente,
deve estar infectado de dependência. Um absurdo total.
Não importa como se queira argumentar, a obediência devida,
a adesão e a subordinação que caracterizam o estilo dependente
não são recomendáveis."
Fonte:
www.lpm.com.br/livros/imagens/amar_ou_depender(!).pdf
Imagem:
http://caentrenos.org
em vida, um ato de automutilação psicológica em que o amor próprio,
o auto-respeito e a nossa essência são oferecidos e
presenteados irracionalmente.
Quando a dependência está presente,
entregar-se, mais do que um ato de carinho desinteressado
e generoso, é uma forma de capitulação, uma rendição conduzida
pelo medo com a finalidade de preservar as coisas boas que
a relação oferece.
Sob o disfarce de amor romântico, a pessoa
dependente afetiva começa a sofrer uma despersonalização lenta
e implacável até se transformar num anexo da pessoa “amada”,
um simples apêndice. Quando a dependência é mútua, o enredo
é funesto e tragicômico: se um espirra, o outro assoa o nariz. Ou,
numa descrição igualmente doentia: se um sente frio, o outro coloca
o casaco.
'Minha existência não tem sentido sem ela'; 'Vivo por ele
e para ele'; 'Ela é tudo para mim'; 'Ele é a coisa mais importante
da minha vida'; 'Não sei o que faria sem ela'; 'Se ele me faltasse,
eu me mataria'; 'Eu venero você'; 'Preciso de você'; enfim, a
lista desse tipo de expressões e 'declarações de amor' é interminável
e bastante conhecida. Em mais de uma oportunidade, as recitamos,
as cantamos embaixo de uma janela, as escrevemos ou,
simplesmente, elas brotam sem nenhum pudor de um coração
palpitante e desejoso de transmitir afeto. Pensamos que essas
afirmações são demonstrações de amor, representações verdadeiras
e confiáveis do mais puro e incondicional dos sentimentos.
De forma contraditória, a tradição tentou incutir em nós um paradigma
distorcido e pessimista: o amor autêntico, irremediavelmente,
deve estar infectado de dependência. Um absurdo total.
Não importa como se queira argumentar, a obediência devida,
a adesão e a subordinação que caracterizam o estilo dependente
não são recomendáveis."
Fonte:
www.lpm.com.br/livros/imagens/amar_ou_depender(!).pdf
Imagem:
http://caentrenos.org
6 comentários:
Olá!Parabéns pelo seu Blog,seu cantinho de luz!Suas postagens são de linguagem simples e muito profundas!um abraço.
Oi, Tatiane. Muito grata por suas palavras tão atenciosas! Beijos.
Oi Adélia, estive ausente, meu corpo pediu socorro, estava doente, mas agora estou muito bem, hoje me sinto mais serena, tranquila, em paz, entende? E esse artigo fala tudo o que passei, olha, quero te dizer que minah caminhada está a cada dia ficando mais suave, menos dolorida, mais compreensível, e mais, o ensinamento é amior, me sinto mais madura.
Obrigada.
Walquíria.
Walter Riso foi imensamente feliz nesta obra.
Recomendei para várias pessoas - pacientes e amigos - e o resultado é sempre surpreendente. A vida de alguns mudou, depois de compreender seus padrões de comportamento.
Boa escolha de assunto, Adelia, visto que somos seres relacionais, e nem sempre identificamos a natureza repetitiva de nossas desilusões, vendo como fracasso o que não é...
Um beijo!
Walquíria, continue se cuidando. O amadurecimento é um resultado muito positivo nesta sua caminhada. Fico satisfeita em ter notícias suas e saber que está melhor. Paz Profunda! Beijos.
Denise, que belo retorno obtive, em saber que o texto possa ter contribuído na vida de algumas pessoas! Muito grata! Beijos.
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