sexta-feira, 14 de maio de 2010

Viver é Diferente de Sobreviver



"É triste ver tanta gente lutar para sobreviver. E não estou falando apenas daqueles que ganham salário mínimo, mas de executivos que vivem angustiados com tantas pressões; de empresários que fogem de suas famílias, pois não aprenderam a amar; de pessoas de todos os níveis sociais que estão sempre assustadas perante a vida.

São pessoas que não vivem.
Apenas sobrevivem, como se estivessem numa crise asmática permanente: aquela eterna falta de ar e, de vez em quando, o alívio rápido e passageiro. Logo depois sentem de novo o sufoco insuportável. Essas pessoas não vivem, sobrevivem. E apenas sobreviver é trabalhar em algo sem sentido só para manter o salário; é fazer joguinhos de poder para manter o emprego; é sair com alguém que não se ama somente para aplacar a solidão; é ter relações sexuais só para manter o casamento; é não conseguir desgrudar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência; é ter de tomar alguns drinques para conseguir voltar para casa.

A sociedade nos pressiona diariamente para nos transformar em máquinas. Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo como se fosse mais uma máquina e sai pela porta para uma repetição infinita de ações rotineiras sem nenhuma relação com sua vocação e seu talento. E muita gente chama a isso livre-arbítrio.

Depois vão a massagens, saunas, fazem um monte de ginástica em busca de um pouco de energia extra para, no dia seguinte, voltar a fazer o mesmo trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma. Muitos estados de depressão são, na realidade, frutos de uma terrível sensação de inutilidade. Esse olhar vago do deprimido é muitas vezes o olhar de quem poderia ter aproveitado as oportunidades da vida, mas não soube valorizar o que era realmente importante. Se, por acaso, você se identificou com a descrição acima, está na hora de mudar. Aproveite o início de semana e mude!

O filósofo espanhol Julián Marías escreveu que a infelicidade
humana está em não preferir o que preferimos. Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo. As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência. Nossa vocação não tem nada a ver com ações sem afeto. O ser humano nasceu para realizar a sua vocação divina. No entanto, quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência!

Sobreviver e viver são experiências completamente distintas.Viver é ser dono do próprio destino. É saber escrever o roteiro da própria vida. É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador. É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos.
Sobreviver é administrar o tempo para que o dia acabe o mais rápido possível. É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento. É respirar de alívio porque chegou o final do expediente. É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa. É adiar o máximo possível as mudanças para não ter de arriscar nada...

Chega de migalhas da vida! Chega de viver como um fugitivo,olhando para os lados, com medo de tudo e de todos! O ser humano merece mais do que simplesmente completar seus dias. Merece a plenitude da vida".


'Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles.
Estão onde devem estar.
Agora, construa os alicerces'
.




Autoria: Roberto Shinyashiki
Texto enviado por: Aliene

Imagem: Internet


15 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

Aqui reflito, penso, repenso...
Leio e releio.
Obrigado querida por compartilhar.
Bjos achocolatados

Claudinha ੴ disse...

Olá Adélia! Gostei desta comparação.
Muitas vezes, estas pessoas que vivem com o mínino tem uma qualidade de vida em família, cumplicidade, paz de espírito que os sobreviventes, como chama, não tem. Bela escolha de texto. Parabéns!
Beijos!

Betzy,a poderosa!(do poder de Deus) disse...

OI Adélia!Lindo o seu texto,você escreve muito bem!Sou sua seguidora e sempre estou lendo seus arquivos.Parabéns!!!

Unknown disse...

Muito que pensar e refletir neste texto. Como tudo que este autor escreve, tem sabedoria e profundidade.
Claro que me identifiquei bastante, acho que como muitas pessoas, muitas vezes ficamos como a história do burro com a cenoura atada na cola, sempre tentando alcançar e dando voltas,rsrsrs...
Beijos

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Adélia, minha querida amiga. Com certeza viver é bem diferente de sobreviver. Viver é simples. É ter a alma limpa, alegre... é colocar beleza nas pequenas coisas da vida. É saborear o momento presente...
Estou passando aqui para dizer-lhe o quanto sou grata por sua presença sempre ativa no Arca. Tenho dado pouca atenção ao seu blog por pura falta de tempo. Perdoe-me. Voltarei a organizar meu tempo. Obrigada pelo carinho e amizade. Beijos e fique com Deus.

Norma Villares disse...

Amor!
Sentir!
Saudades!
Sempre que a saudade bate no peito, traz boas lembranças de quem gostamos, o amor é a tônica da vida.

Sempre é um prazer fazer esta visita.
Sublimes abraços

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Adélia querida. Sempre gostei imensamente de Roberto Shinyashiki e neste texto, mais uma vez, ele foi brilhante. Viver é completamente diferente de sobreviver. No final do texto ele dá um bom resumo desta diferença. Fazer um trabalho que não tem nenhuma relação com nossa alma. Isto é preocupante, pois a maioria o faz, por necessidade. Já li em algum lugar, um texto que dizia que se você não pode fazer aquilo que realmente gosta, deve tentar fazer o que gosta com alegria e amor. Assim, fica menos pesado e vive-se, ao invés de sobreviver. Beijos, amiga e tenha uma semana feliz.

Denise disse...

Adelia, querida, São vários os lugares por onde dirijo meus passos buscando o que me acrescente conhecimento, boas energias, alegria, bem-estar - através de dicas preciosas, textos maravilhosos. Além de carinhosa acolhida, nestes lugares especiais eu encontro o que procuro.
Então, o Selinho que fiz e te ofereço - e te espera lá no Blog! - é um gesto de amizade e uma forma de agradecimento a você! Meu profundo apreço e um carinhoso beijo, feliz pela troca que fazemos nesta existência!!

Jeanne Geyer disse...

Adélia, tem um selo lá no blog para ti, é com muito carinho que te ofereço.
Beijos

Claudinha ੴ disse...

Olá!
Eu lhe enviei um convite por email. Por favor , aceite! Beijos!

JUREMA disse...

O ultimo pensamento do post,fala do não arrependimento pelos castelos já construidos , nos lembra a frase imortal do Chico.
Se voce não pode mudar o começo da sua vida , tente agora cosntruir um novo fim.
Eu tenho usado muito esta frase na minha caminhada e tem me ajudado bastante.
Muito boa esta matéria ,parabens pela escolha .
Abraços fraternos...

ONG ALERTA disse...

Ninguém nos disse que aqui seria fácil, paz.
Beijo Lisette

Eliane Gonçalves disse...

Adorei o seu blog, parabéns...
Principalmente o artigo sobre sobreviver...
Confira no meu blog o artigo "Trilhando na carreira ou pela carreira?"...
Beijos com carinho,
http://cmespirito.blogspot.com

Anônimo disse...

Olá.
Aqui tudo é encantador. Cada post é uma lição.
Adorei ler o seu perfil também.
Vou linkar seu blog no meu para voltar sempre e ler seus belos textos.

Jorge disse...

Lia,

ter é o objetivo, mesmo que aflições, sofrimentos, solidão batam à sua porta. Hoje se valoriza mas o imediatismo do possuir. Poder, riqueza, beleza são fantasias que os homens cobiçam. E muita vez, uma viagem sem retorno. É necessário ao homem se ligar a algo que o faça parar para refletir a própria vida.
Ou para-se por bem ou por mal, vamos assim dizer.

Anjo, beijo de saudade!!!