quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Ordem do Amor





Siga a Ordem
Afinal de contas, se você tentar amarrar o tênis antes de calçá-lo vai ficar mais difícil, não é mesmo? Assim, não adianta levar a comida para a mesa se os pratos foram esquecidos. Siga a ordem natural das coisas. Primeiro a criança engatinha, depois anda. Se fizer o contrário vai passar o resto da vida no chão.



No amor também é assim:
- primeiro você, depois o relacionamento.
Porque se você colocar a “pessoa amada” em primeiro plano, se você se entregar
“loucamente” a paixão,
se doar de vez ao que acredita ser “o amor da sua vida”,
com certeza vai se machucar.

E olha que certas dores emocionais, mesmo sob o olhar clínico, são piores que as dores físicas. Já vi gente sofrer muito mais com o fim de um relacionamento que outra que caiu de uma moto ou foi atropelado…



Coloque ordem nas coisas.
Ame-se e aprenda a respeitar-se. Quando nos amamos de verdade, não permitimos que o amor vire dor. 
Vejo pessoas em relacionamentos sofridos… Vejo mulheres ainda no namoro apanhando da “pessoa amada”(?). Vejo homens assistindo horrorizados aos “barracos” da “pessoa amada”(?).Vejo casais discutindo e com tantas ofensas que fico pensando: - onde esta o amor desse casal? Às vezes, na mesma sarjeta que a autoestima deles.


Amor só combina com dor, quando não podemos ajudar a pessoa amada. Quando ela precisa de um transplante e não podemos doar. Quando ela cai enferma e não podemos operar. Quando ela perde um ente querido e não podemos consolar. Mesmo assim, no caso dessas dores, o amor é solidário, ajuda a superar.



Fora isso, amor com dor é masoquismo
Esta fora da ordem.
E a ordem é única e clara:
- Em caso de amor, primeiro você.Só quem realmente se ama pode se doar sem se machucar.




Autoria: Paulo Roberto Gaefke
Texto enviado por: Aliene Santos

Imagem:
lipglossculture.com



5 comentários:

Lucyleide disse...

É verdade. Só se pode estar em harmonia com o outro quando se está em harmonia consigo mesmo.
Penso, no entanto, que há uma complexidade maior na questão da dor nos relacionamentos.
Quando nos doamos ao ponto de nos machucarmos, significa que aí existe dependência.
Nesse estado, buscamos no outro aquilo que nos falta, que imaginamos que poderia nos completar. Porque temos medo de ficar sós.
Então, doamos em demasia na expectativa de sermos aceitos, de conquistarmos. E sentimos dor porque esperamos, sim, retribuição... e segurança... que chamamos de amor.
Na medida em que dependermos do outro para nosso bem-estar, seja ele psicológico, intelectual ou emocional, essa dependência criará inevitávalmente o medo do qual se originará a dor.
É possível pôr um fim a esse conflito? É possível amar sem ser dependente?
Não precisamos nos isolar nem sermos egoístas.
Penso que a resposta verdadeira está em fazermos as pazes com nossa autoestima, o que pode parecer óbvio mas nem sempre é tão simples.
Robert Johnson, em “We – A Chave da Psicologia do Amor Romântico”, diz que quando nos apaixonamos, o que vemos é a nossa beleza refletida no outro. E Eros diz à Psiqué: “O deus que você vê em mim está em você”.
Quando compreendermos que não precisamos do outro para nos completar, perceberemos que a verdadeira sensação de plenitude está em compartilhar, desfrutar juntos o que temos de melhor. Isso é amor!

Lucyleide disse...

É verdade. Só se pode estar em harmonia com o outro quando se está em harmonia consigo mesmo.
Penso, no entanto, que há uma complexidade maior na questão da dor nos relacionamentos.
Quando nos doamos ao ponto de nos machucarmos, significa que aí existe dependência.
Nesse estado, buscamos no outro aquilo que nos falta, que imaginamos que poderia nos completar. Porque temos medo de ficar sós.
Então, doamos em demasia na expectativa de sermos aceitos, de conquistarmos. E sentimos dor porque esperamos, sim, retribuição... e segurança... que chamamos de amor.
Na medida em que dependermos do outro para nosso bem-estar, seja ele psicológico, intelectual ou emocional, essa dependência criará inevitávalmente o medo do qual se originará a dor.
É possível pôr um fim a esse conflito? É possível amar sem ser dependente?
Não precisamos nos isolar nem sermos egoístas.
Penso que a resposta verdadeira está em fazermos as pazes com nossa autoestima, o que pode parecer óbvio mas nem sempre é tão simples.
Robert Johnson, em “We – A Chave da Psicologia do Amor Romântico”, diz que quando nos apaixonamos, o que vemos é a nossa beleza refletida no outro. E Eros diz à Psiqué: “O deus que você vê em mim está em você”.
Quando compreendermos que não precisamos do outro para nos completar, perceberemos que a verdadeira sensação de plenitude está em compartilhar, desfrutar juntos o que temos de melhor. Isso é amor!

Lucyleide disse...

É verdade. Só se pode estar em harmonia com o outro quando se está em harmonia consigo mesmo.
Penso, no entanto, que há uma complexidade maior na questão da dor nos relacionamentos.
Quando nos doamos ao ponto de nos machucarmos, significa que aí existe dependência.
Nesse estado, buscamos no outro aquilo que nos falta, que imaginamos que poderia nos completar. Porque temos medo de ficar sós.
Então, doamos em demasia na expectativa de sermos aceitos, de conquistarmos. E sentimos dor porque esperamos, sim, retribuição... e segurança... que chamamos de amor.
Na medida em que dependermos do outro para nosso bem-estar, seja ele psicológico, intelectual ou emocional, essa dependência criará inevitávalmente o medo do qual se originará a dor.
É possível pôr um fim a esse conflito? É possível amar sem ser dependente?
Não precisamos nos isolar nem sermos egoístas.
Penso que a resposta verdadeira está em fazermos as pazes com nossa autoestima, o que pode parecer óbvio mas nem sempre é tão simples.
Robert Johnson, em “We – A Chave da Psicologia do Amor Romântico”, diz que quando nos apaixonamos, o que vemos é a nossa beleza refletida no outro. E Eros diz à Psiqué: “O deus que você vê em mim está em você”.
Quando compreendermos que não precisamos do outro para nos completar, perceberemos que a verdadeira sensação de plenitude está em compartilhar, desfrutar juntos o que temos de melhor. Isso é amor!

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Lucy, sua análise está completa. Você conseguiu interpretar o texto, de uma maneira bem clara, objetiva, se utilizando de conteúdos psicológicos extremamente pertinentes ao tema. Muito bem lembrado, Johnson e seu livro "We..."! Magnífico! Meus Parabéns! Beijos.

Unknown disse...

O texto e comentário feito pela Lucyleide são mesmo perfeitos! Concordo plenamente!